A ex-diretora de patrimônio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Luísa Xavier da Silveira Rosa, fez denúncias graves que revelam os bastidores da entidade esportiva sob a presidência de Ednaldo Rodrigues. Em uma entrevista para a revista Piauí, conduzida pelo jornalista Allan de Abreu, Luísa trouxe à tona a informação de que a CBF teria contratado prostitutas para atender a convidados em eventos oficiais da confederação.
Como a primeira mulher a integrar a diretoria da CBF, Luísa relatou experiências de humilhação, retaliação e assédio sexual que ocorreram dentro da entidade. Ela revelou que, apesar de ter um currículo amplamente reconhecido, foi impedida de assumir uma posição na Fifa, após Ednaldo Rodrigues negar seu pedido de demissão, atuando assim após ter sido remanejada para a diretoria de patrimônio.
A advogada de Luísa qualificou a nomeação dela como uma “jogada de marketing”, destacando que a ex-diretora passou a sofrer um esvaziamento de funções e uma remuneração inferior àquela recebida por seu antecessor. Além disso, Luísa denunciou comportamentos misóginos que observou durante os eventos da CBF. Entre as situações, estão elogios insinuantes e convites não solicitados feitos por Rodrigo Paiva, ex-diretor de comunicação da entidade, e por Arnoldo de Oliveira Nazareth Filho, que está ligado à Federação Amazonense de Futebol. Em decorrência desses episódios, Luísa moveu ações por assédio sexual contra ambos, além de uma ação por assédio moral contra Ednaldo Rodrigues.
Em uma nota enviada à Piauí, Rodrigo Paiva negou as acusações, afirmando que sua trajetória profissional sempre foi pautada por ações que combatem a cultura de assédio. Por outro lado, a reportagem não conseguiu localizar Arnoldo Nazareth Filho para obter sua versão sobre as denúncias.