A Polícia Federal (PF) indiciou o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, juntamente com mais dez indivíduos, sob a acusação de fraude em competições esportivas. De acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles, a investigação revelou no celular do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, mensagens que implicam o jogador, evidenciando sua conexão com um esquema de apostas ilegais. O atleta enfrenta indiciamento por estelionato e fraude em competição esportiva.
Além de Bruno Henrique, também foram indiciados seu irmão, Wander, sua cunhada, Ludymilla Araújo Lima, e sua prima, Poliana Ester Nunes Cardoso. Todos eles supostamente realizaram apostas no jogo sob investigação. Um grupo adicional de seis indivíduos, conhecido como amigos de Wander, também foi indiciado.
A acusação contra Bruno Henrique e seu irmão se baseia no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que versa sobre fraudes em competições, prevendo penas de dois a seis anos de reclusão. Adicionalmente, a dupla é alvo de investigação por estelionato, crime que pode resultar em pena de um a cinco anos.
A investigação foi iniciada em agosto de 2023, após casas de apostas detectarem movimentações suspeitas em relação ao mercado de cartões durante a partida entre Flamengo e Santos, ocorrida em Brasília. Dados fornecidos à PF indicam que até 98% das apostas relacionadas a cartões naquele jogo estavam concentradas exclusivamente em Bruno Henrique.
No decorrer da partida, o atacante recebeu um cartão amarelo nos acréscimos do segundo tempo após cometer falta em Soteldo. Posteriormente, ele foi expulso após protestar contra decisões da arbitragem, o que apenas aumentou a tensão em torno do jogo e da investigação em curso.