Depois de um final de semana que voltou a embolar a categoria dos meio-médios (77 kg) – Tyron Woodley e Stephen Thompson empataram no UFC Nova York e devem fazer a revanche -, Demian Maia voltou a se ver na fila de espera do UFC. E, apesar de garantir otimismo em busca de sua chance pelo cinturão, o paulista abriu as portas para um plano B de luxo.
Em conversa com os fãs nesta sexta-feira (18), em São Paulo, Demian garantiu que ainda luta nos bastidores para que ele seja o próximo a disputar o cinturão. No entanto, o futuro da categoria deve ser definido nos próximos dias e, entre as opções possíveis, uma revanche com Anderson Silva faz sentido.
“Provavelmente, eu era o próximo e sabia que isso ia acontecer, e teve esse empate”, afirmou diante dos fãs no Ginásio do Ibirapuera. “Foi um azar. Eles têm que deixar claro o que querem. O ‘Cowboy’ falou que queria lutar comigo, estou pronto para quando quiser. Se puder fazer uma revanche com o Anderson, também. Existe a possibilidade de definirmos isso nos próximos dez dias”.
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Caso algo mude e a vaga para disputar o título seja dada a ele, a confiança de que, mesmo aos 39 anos, suas habilidades possam dar cabo do campeão Tyron Woodley segue em alta. No entanto, Demian deixou claro que quanto mais tempo demorar para que a chance chegue, pior para ele.
“Nada foi decidido ainda. Eles falam da revanche, mas ninguém decidiu. O Dana falou que eu posso escolher esperar ou lutar antes. Eles já me ofereceram algumas coisas, mas eu quero ver o que vai acontecer antes. Acho que mereço ser o próximo da fila. Minha estratégia não é segredo. Colocar ele para baixo e finalizar. Sei que eu psso fazer isso. Tanto com ele ou o ‘Wonderboy’. Por isso que eu fico tão ansioso para lutar. Sei que eu posso ser campeão hoje, mas não sei daqui alguns meses, afinal, nossa carreira é muito curta. Agora eu posso ser campeão”.
Curiosamente, além dele próprio, outros dois lutadores brasileiros estão estagnados à espera de uma definição do UFC. Ronaldo ‘Jacaré’, entre os médios (84 kg), e José Aldo, entre os penas (66 kg), estão perto do cinturão, mas parecem que terão que aguardar algumas ‘furadas’ de fila ainda. Tal cenário, por sinal, levantou uma dúvida so brasileiro sobre uma possível falta de moral de nossos atletas junto a Dana White e companhia.
“Até sábado eu não tinha, mas depois senti um pouco. O Brasil é o segundo mercado do mundo, apenas atrás dos EUA. O Jacaré, eu e o Aldo temos que disputar o cinturão, porque a gente traz reconhecimento para o evento”, finalizou.