Quando terminou o primeiro tempo do jogo Vitória e Palmeiras, neste domingo(11), o experiente comentarista Édson Almeida, indignado, perguntava ao microfone da Rádio Itapoan FM: “Será que o Vitória não tem futebol para virar esse jogo em cima dos reservas do Palmeiras? Eu espero que o técnico Argel esteja orientando o caminho para a virada, agora, no vestiário”. A indignação do jornalista era a mesma dos mais de 34 mil torcedores que lotaram o Barradão, na expectativa de ver o time ganhar fácil do adversário.
Essa indignação tinha uma razão: o Vitória tomou uma virada do Palmeiras, ainda no primeiro tempo e não teve forças para reagir e empatar. O time fez 1 a 0 através de Marinho, cobrando falta aos 12 minutos, mas o Palmeiras empatou três minutos depois através de Gabriel, jogador da base. Alecsandro, ex-Vitória, fez o segundo gol dos paulistas.
E a irreverência do comentarista Édson Almeida, acabava se confundindo com a indignação dele: “Temos que nos segurar a tudo o que é possível, principalmente ao Fluminense”. Àquela altura, o tricolor ganhava do Inter por 1 a 0 e garantia a classificação do Vitória, ainda que perdendo no Barradão. Depois o Inter empatou, mas era muito tarde e os gaúchos foram para a série B. É que o Sport ganhou na Ilha do Retiro, por 2 a 0 do Figueirense.
O jogo do Barradão demorou um pouco mais de acabar, mas o time já sabia que, mesmo perdendo, estava garantido na série A. A torcida que proporcionou uma renda de R$526.542,00 deixou o Barradão com um misto de alívio pela manutenção na elite do futebol brasileiro, mas claramente decepcionada com a atuação do time e com a despedida melancólica, com derrota na temporada, diante de um time misto, ainda que campeão brasileiro de 2016. Houve vaias e aplausos para o time, logo depois do juiz apitar o fim do jogo.
por Agora na Bahia