No seu segundo ano de tricolor, Hernane promete mais bolas na rede

Por Redação
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No seu segundo ano de tricolor, Hernane promete mais bolas na rede
Foto: Divulgação

Um início animador, que justificava tranquilamente o apelido de “Brocador”. Após uma lesão ainda no primeiro semestre de 2016, o rendimento caiu e Hernane chegou a ser contestado até mesmo no time titular do Bahia. No final da temporada passada, o acesso trouxe mares mais calmos para que o camisa 9 tricolor iniciasse 2017 cheio de confiança. Em entrevista exclusiva ao CORREIO, Hernane promete focar no título da Copa do Nordeste e diz que quer brocar mais de 20 gols este ano.

Após um ano de muita pressão pelo acesso, em que você teve uma lesão ainda no primeiro semestre, você espera ter um 2017 mais tranquilo?

O ano de 2016 foi um ano difícil, mas com o objetivo concluído, que era o acesso. Jogador nenhum acha que vai machucar, infelizmente tem a lesão na nossa profissão e temos que aprender a conviver com isso. Meu ano, particularmente, foi de médio para bom, acho que sempre pode ser melhor. Espero ser melhor em 2017. Temporada começando, estou me preparando bem para quando chegarem as competições, eu esteja 100% e possa jogar o máximo de partidas e ajudar o Bahia.

Você também é da opinião que a Série A é um campeonato “mais jogado”, com mais espaços, e isso pode favorecer bastante o seu futebol?

A Série A acho que é muito mais fácil jogar do que a Série B. Série B é uma disputa muito difícil, onde pegamos equipes que não jogam, que jogam por uma bola. Fica difícil a grande equipe só propor o jogo e acaba desligando um pouco da marcação. Sem dúvida a Série A é muito mais fácil.

Você é um jogador que costuma ter metas pessoais e que se cobra bastante. Já tem alguma para 2017, até mesmo de gols?

Espero que minha meta seja maior que a do ano passado. Fiz 21 gols na temporada, quero fazer muito mais esse ano, mas acho que é cedo para falar em metas. Ainda não começaram as competições e como eu sempre falava no ano passado, meus gols são para ajudar a equipe do Bahia e as metas individuais elas vão ocorrendo ao longo do tempo.

Ano passado ficou faltando um título. Tem Copa do Nordeste e Baiano agora no primeiro semestre. Dá pra ganhar?

Sem dúvida. Esse ano o foco maior no primeiro semestre é na Copa do Nordeste. Sabemos também a importância do Campeonato Baiano, vamos disputando jogo a jogo. Quando menos esperar, o Bahia vai estar novamente disputando essas finais, mas o foco maior é a Copa do Nordeste.

Todo início de ano na Bahia tem uma música para embalar as comemorações dos gols no futebol. Ano passado você fez o “Trá-trá-trá” da música “Metralhadora”, da banda Vingadora. Já tem algum hit para festejar em 2017?

Esse ano acho que tem, além do Mário, que tinha ano passado, o Robson, que gostava da brincadeira, o Armeration aí, né? Já vamos apresentando as novas músicas da Bahia para ele me ajudar nessas comemorações.

Como está vendo a montagem do elenco do Bahia para esta temporada?

Acho que a diretoria está fazendo um grande trabalho, todos que chegaram foram excelentes contratações. Sabemos que precisamos ter uma equipe muito forte para o decorrer das competições. A Série A é um campeonato muito difícil. Nos últimos anos sabemos que caiu um pouco o nível da competição, então os que tiverem um elenco um pouco mais forte vão se sobressair na reta final do campeonato. Então o Bahia teve boa iniciativa em fazer um elenco forte para o longo da temporada.

Como acha que está sua relação com a torcida tricolor?

Boa. A gente sabe que alguns torcedores vaiaram em determinado momento, na verdade foi um desabafo. Assim como nós jogadores também temos esse momento. Mas no final tudo ocorreu bem. Com o acesso, acho que eles esqueceram daquele momento ruim. Eles acham que o centroavante tem que fazer gol apenas. Meu pensamento é diferente, é ajudar o Bahia. Se não for fazendo gol, é dando assistências, além de ajudar fora de campo, no dia a dia. É fundamental no futebol ter liderança, participar do jogo e pensar primeiro na equipe.

Nos dois primeiros jogos na Flórida Cup, Jackson foi o capitão da equipe. Isso te incomodou?

A liderança é uma coisa que tem que ter em si próprio. Não é uma faixa de capitão que vai mudar a pessoa. A gente sabe que o capitão tem responsabilidade grande. Guto esse ano vai ter algumas opções. Veio conversar comigo e concordei. Até para ter mais líderes no grupo e dividir essa carga, que na Série A aumenta muito. Ter a faixa de capitão ou não, não muda nada. O que importa é a liderança.

Como tem se sentido por aqui?

A adaptação é boa. Sou baiano e não tinha motivo para não me adaptar rápido na minha terra. Fico feliz por estar aqui novamente, tenho contrato e quero cumprir. Para eu sair do Bahia tem que ser algo muito melhor, pois estou feliz aqui. É ter tranquilidade e esperar o campeonato começar e poder fazer um ano maravilhoso em 2017 pelo Bahia.

Vai brocar mais de 20 gols?

Com certeza. Esse ano espero fazer muito mais que 20 gols.

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