Neste sábado (9), Amanda Nunes venceu Valentina Shevchenko por polêmica decisão dividida dos árbitros em luta válida pelo UFC 215, disputado em Edmonton (CAN). Com o resultado, a brasileira defendeu o cinturão das pesos galo da UF.
Os dois primeiros minutos do combate foram estudados, com as adversárias trocando apenas alguns chutes baixos. A torcida chegou a vaiar a morosidade do combate. Na reta final do primeiro round, a brasileira chegou a derrubar sua o oponente após tentativa de chute, mas sem conseguir grandes avanços
A segunda parcial teve roteiro semelhante, com as lutadoras tentando achar a distância certa. Novamente, a brasileira teve seus melhores momentos nos segundos finais, conseguindo encaixar golpes fortes em sua adversária.
No segundo round, apesar de não conseguir acertar golpes contundentes acima da cintura de Shevchenko, Amanda conseguiu encaixar chutes fortes nas coxas e nas canelas da adversária, chegando a tirar sangue de sua perna esquerda.
O roteiro se repetiu no terceiro round. No quarto, Shevchenko conseguiu acertar sequências de esquiva e contra-golpes e assumiu o controle da luta. No entanto, duas quedas conquistadas por Amanda na quinta parcial foram decisivas para o resultado.
A decisão dividida deixou Shevchenko muito insatisfeita após o combate.
“Eu não entendo porque a vitória vai para o último round, por causa de duas quedas. Ela quase não me socou! Olhem para a cara dela, ela está sangrando! Mesmo no chão eu continuei batendo. Eu realmente acho que ela não levou a luta! Eu ataquei, ela só me deu alguns chutes. Eu quero uma nova revanche, porque eu acho que eu levei essa luta”, disse a desafiante.
Foi a segunda defesa de cinturão bem-sucedida de Amanda – a primeira aconteceu em dezembro do ano passado, quando a lutadora derrotou Ronda Rousey por nocaute técnico. Vale lembrar que a luta contra Shevchenko deveria ter ocorrido em julho, no UFC 213, mas a brasileira desistiu horas antes da luta alegando problemas médicos.
O incidente despertou insatisfação em Dana White, presidente do UFC, e em toda a diretoria da organização. Amanda acredita que o fato de ter dividido a luta principal deste sábado com o combate entre Demetrious Johnson e Ray Borg foi uma maneira de puni-la.
A luta de Amanda recuperou o status de principal depois que Borg teve de desistir do combate com Johnson após alegar problemas médicos.
Antes da luta de Amanda, duas vitórias de brasileiros foram registradas no UFC 215. Rafael dos Anjos venceu Neil Magny por finalização no card principal. Pelo preliminar, Ketlen Vieira venceu Sara McMann, também por finalização.
Os demais brasileiros deixaram o octógono derrotados. Wilson Reis perdeu por nocaute para Henry Cejudo pelos moscas no card principal. Pelo preliminar, Luis Henrique perdeu para Arjan Bhullar por decisão unânime pelos pesados, e Adriano Martins perdeu para Kajan Johnson por nocaute pelos leves.
Nas outras lutas do dia, Ilir Latifi derrotou Tyson Pedro pelos meio-pesados, e Jeremy Stephens venceu Gilbert Melendez por decisão unânime pelo card principal. No preliminar, Sarah Moras venceu Ashlee Evans-Smith por finalização pelas galo, Rick Glenn venceu Gavin Tucker por decisão unânime pelos penas, e Alex White venceu Mitch Clarke por nocaute técnico pelos leves.
Uol