Saiu a primeira medalha do Brasil no atletismo nas Olimpíadas de Tóquio! Alison dos Santos confirmou que está entre os melhores do mundo e ficou com o bronze nos 400m com barreiras. Ele não conseguiu superar o fenômeno norueguês Karsten Warholm, que correu para 45.94, se tornou a primeira pessoa da história a bater a casa dos 46 e levou o ouro com direito a recorde mundial.
A prata foi para o norte-americano Rai Benjamin, com 46.17. Alisson correu para 46.72, superando mais uma vez o recorde sul-americano da prova – que já era dele mesmo.
“A primeira coisa que passou na minha cabeça quando passei a linha é que nós somos medalhistas olímpicos. Como eu estava falando anteriormente, eu só voltaria para casa depois de cumprir a missão que foi dada. Hoje, entramos na pista e cumprimos ela”, disse Alison ao SporTV.
“Então, eu não sei o que aconteceu, se aconteceu eu não sei que que foi, sei que isso é atletismo. Só sei disso. Porque, sinceramente, acabou a prova, passei a linha de chegada, olhei para o telão e vi que tinha ficado em 3º, olhei para o telão e vi 45, pensei que estava na prova errada. Falei “não é possível que isso aqui é 400 com barreira, não”. E, sim, ele fez. Ele era o homem que estava recebendo toda a pressão, fez, veio e quebrou o recorde mundial e fez o que todos acharam que era impossível”, completou sobre a prova incrível de Warholm.
A medalha é inédita para o esporte brasileiro. O atletismo se igualo com a vela como modalidade que mais deu medalhas ao país na história (18 para cada), mas nunca havia subido ao pódio dos 400m com barreiras.
E quebra também um enorme jejum: o Brasil não subia ao pódio de uma corrida individual de pista desde 1988, quando Joaquim Cruz (prata nos 800m) e Robson Caetano (bronze nos 200m) levaram medalhas. Desde então, as conquistas sempre foram no campo ou em revezamentos.
Foi também a 11ª medalha do Brasil em Tóquio. O país agora tem dois ouros (Ítalo Ferreira no surfe e Rebeca Andrade na ginástica), três pratas (Kelvin Hoefler e Rayssa Leal no skate e Rebeca Andrade na ginástica) e seis bronzes (Bruno Fratus e Fernando Sheffer na natação, Daniel Cargnin e Mayra Aguiar no judô, a dupla Pigossi-Stefani no tênis e o Alison agora no atletismo).