Goleada anima o Bahia, mas real nível de evolução ainda preocupa

Por Redação
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Quem com ferro é ferido, com ferro fere. Depois de sofrer goleadas contra Fortaleza, Sport e Itabuna, chegou a hora do Bahia atropelar o Jacuipense por 4 a 1. Para além do resultado, o que deixou o torcedor Tricolor animado foi a atuação da equipe e a forma como se portou contra o rival local. O sólido triunfo fez a torcida questionar se o jogo sinaliza significativas melhoras ou apenas um bom lampejo de um time que vive má fase.  A pergunta, então,  surge: ‘será que agora vai?’.

A postura do Esquadrão em campo precisava ser efusiva, dado o contexto que o elenco vivia. Em situação crítica no Nordestão, principal competição do primeiro trimestre, e com os maus resultados contra adversários de fora do território baiano, a resposta do time veio  em campo. O jogo da primeira fase da Copa do Brasil contou com as estreias de Cauly Oliveira, recém-contratado, e Gabriel Xavier, recuperado de lesão. Ambos foram titulares e tiveram bom rendimento em uma  equipe  que jogou  com cinco modificações em relação à última partida e  após seis dias de treinos.

O desempenho no gramado agradou Renato Paiva. “Conseguimos dar uma resposta forte hoje. Era importante, e foi isso que fizemos”,  definiu o resultado na coletiva pós-jogo. Os números, no entanto, mostram que superar o Leão do Sisal não tem sido exatamente uma tarefa difícil para o Bahia. Os cinco últimos embates entre os clubes mostram pleno domínio tricolor. São quatro triunfos e um empate. A última vez que o time perdeu para o Jacupa foi em 2019, em duelo válido pelo  Baiano.

Sina

Os comandados do português, pela primeira vez na temporada, conseguiram fazer mais do que três gols em uma partida. O maior placar até então havia sido um  3 a 1  contra a Juazeirense  pelo Baiano. O nível de atuação de Cauly foi crucial para o largo resultado no duelo com o Leão Grená. “O jogo do Cauly foi ótimo, é um jogador que vai nos ajudar muito”, ressaltou Paiva.

O feito alcançado pelo ataque tricolor, no entanto, foi o oposto do que a defesa do Bahia conseguiu. Nos últimos dez jogos, o sistema defensivo do Esquadrão foi vazado em oito oportunidades. Não sofreu gols apenas nos confrontos contra Vitória e Doce Mel, times que não foram bem no campeonato  estadual. Os goleiros   registram    uma sequência desconfortável de cinco jogos  que levaram gols.

Em duelos contra times da série A e B, o Bahia só triunfou sob o Vitória, que vive situação calamitosa. Nos demais jogos, viu o Sport balançar a rede seis vezes, o Forteleza três e foi incapaz de marcar um gol de honra sequer. O jogo contra a Jacupa se desenhava para uma oportunidade de sair com a baliza zerada, mas um cochilo da defesa no final permitiu que Thiaguinho marcasse.

Questionado sobre a estatística, Paiva amenizou a situação e relembrou rendimento no estadual: “O [jogo contra o] Sport, é uma tragédia que aconteceu. Já reconhecemos isso e ponto final. Vão chegar mais jogadores, chegou o Yago e vão chegar mais até o Brasileirão começar. Somos o Grupo City, mas não somos o Manchester City. Não dá para contratar todos. O objetivo é fazer uma Série A consistente. Estamos em primeiro no estadual, coisa que não acontecia há dois anos”, afirmou.

Agora,  o Esquadrão concentra forças para buscar reação na Copa do Nordeste, onde precisa ganhar consecutivos jogos para conseguir a classificação. O desempenho no torneio regional será um bom parâmetro para avaliar a real profundidade da evolução da equipe e sua capacidade de reverter o panorama atual.

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