Campeão do UFC em duas categorias diferentes, Vitor Belfort terá a oportunidade de conquistar o terceiro título, em 23 de maio, quando encara o campeão dos médios (84kg), Chris Weidman, em Las Vegas (EUA).
Com 19 anos de MMA nas costas, o carioca se mostrou insatisfeito com a maneira como a nova parceira do UFC, a Reebok vem beneficiando alguns atletas e prejudicando outros, que vem perdendo seus patrocínios.
“Não nos vejo como a NBA, eu não sou pago pela Blackzilians, como seria pelo Miami Heat. O que quero dizer é que nosso esporte é mais comparável ao tênis. Os tenistas precisam ter seus patrocinadores porque são eles que pagam as viagens e todas as despesas. Não é todo mundo que pode ganhar um campeonato e fazer muito dinheiro, então, vários tenistas precisam de patrocínio para viajar pelo mundo. Eu sou pago pelo UFC quando luto, mas, mensalmente, os patrocinadores nos ajudam também. Às vezes temos lesões, às vezes não lutamos. Na NBA os caras recebem mensalmente. Se sofrerem lesões, se não puderem jogar, ainda assim estarão ganhando dinheiro. Eles ainda podem jogar com seus Nikes, ou sejá lá qual for a marca”, criticou Vitor, no programa “MMA Hour”.
Enquanto nomes como os dos campeões Jon Jones e Ronda Rousey possuem um contrato pessoal e mensal com a Reebok e desfrutam de privilégios, outros atletas vem sendo prejudicados com a parceria entre a marca esportiva e o UFC, já que estão perdendo muitos contratos.
“Tenho grandes contratos, que envolvem muito dinheiro. E terei que dizer a essas pessoas: ‘Ouçam, não posso mais ter vocês no cage porque tem aqueles caras que patrocinam o UFC, e só é permitido vestir a marca deles’. E eles vão pensar: ‘Ok, mas eles irão pagar a você o que pagamos?’. E eu digo: ‘Não, não tenho nada com eles’. Alguém irá aparecer no meu uniforme, e não irá me pagar mensalmente? É justo? Tenho 19 anos de carreira. Eu não acho que isso seja justo, porque alguns lutadores tem o privilégio de ter um contrato com essa grande organização que vem para o meu esporte e eles recebem mensalmente. Para ser uma coisa justa, tem que ser igual para cada um”, concluiu Vitor.