O Ministério das Relações Exteriores prestou apoio ao atacante Vinicius Junior, que voltou a ser alvo de racismo por parte de torcedores do Atlético de Madrid, e afirmou que o governo brasileiro “cobrará providências da UEFA”, a União das Federações Europeias de Futebol.
Em nota, o Itamaraty declarou que “O governo brasileiro reiterará às autoridades governamentais e esportivas espanholas sua preocupação com os reiterados ataques racistas ao atleta. E cobrará também providências da UEFA, organizadora do torneio no qual as manifestações racistas ocorreram”.
O caso ocorreu antes do jogo entre Atlético e Inter de Milão, pela Champions League, na quarta-feira. Em um vídeo que começou a circular nas redes sociais, torcedores do clube espanhol foram flagrados chamando o jogador do Real Madrid de chimpanzé em coro.
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O Itamaraty expressou sua indignação e tristeza diante das novas manifestações racistas contra o jogador brasileiro Vinicius Júnior. O órgão afirmou que “Enquanto não houver sanções penais e esportivas à altura, os racistas continuarão a agir e nenhuma campanha contra o racismo trará resultados efetivos”.
Não é a primeira vez que Vini Jr. foi vítima de ataques racistas durante um torneio envolvendo times espanhóis. Em setembro de 2022, o brasileiro foi chamado de macaco durante um jogo no mesmo estádio.
Após o último incidente, o atacante pediu à UEFA para punir os torcedores envolvidos no ato. Em suas redes sociais, ele escreveu: “O rosto do racista de hoje está estampado nos sites como em várias outras vezes. Espero que as autoridades espanholas façam sua parte e mudem a legislação de uma vez por todas. Essas pessoas têm que ser punidas criminalmente também. Seria um ótimo primeiro passo para se preparar para a Copa do Mundo de 2030. Estou à disposição para ajudar”.