Em entrevista Danny Jordaan, admitiu que houve repasse de US$ 10 milhões em 2008.
O departamento de Justiça dos Estados Unidos investiga suspeitas de corrupção relacionadas à Fifa e uma novidade envolve a Copa do Mundo na África do Sul, em 2010.
Em entrevista ao jornal sul-africano “The Sunday Independent”, o chefe do comitê organizador daquele Mundial, Danny Jordaan, admitiu que houve repasse de US$ 10 milhões em 2008 (R$ 31,7 milhões atuais) para a Confederação do Norte, América Central e Caribe (Concacaf), mas negou que tenha sido propina em troca de votos para escolher o país africano como sede.
Jordaan alega que o dinheiro foi doado para desenvolver o futebol na região. “Eu jamais paguei ou recebi propina de qualquer pessoa na minha vida. Como poderíamos pagar propina por votos quatro anos depois de termos vencido o processo?”, questionou. Atualmente, Jordaan é presidente da confederação de futebol do país e prefeito de Port Elizabeth, sede da Copa 2010.
A acusação acredita que o esquema foi encabeçado por Jack Warner, presidente da Concacaf na época e que deixou a prisão na sexta passada após pagar fiança – ele havia se entregado à Justiça em Trinidad e Tobago, quarta.
O dinheiro partiu em três lotes, saídos de uma conta na Suíça para um banco nos EUA: US$ 616 mil em 2 de janeiro de 2008, US$ 1,6 milhão em 31 de janeiro e US$ 7,784 milhões em 7 de março de 2008. As contas que receberam o dinheiro eram da Concacaf e da União Caribenha de Futebol. Jack Warner era o responsável por elas, via Republic Bank, em Trinidad e Tobago.