Bola Redonda, Yancey Cerqueira
O ano passado foi de decepção para as duas maiores torcidas do N/NE do Brasil. Bahia e Vitória caíram quase que na mesma rodada para a Segunda divisão do nosso futebol decepcionando dezenas de milhares que vão aos Estádios e outras centenas de milhares de torcedores que acompanham o dia a dia de cada um dos nossos clubes.
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Desde o início da temporada de 2014 dava para ver que os dois elencos apresentavam carências e que as contratações feitas já com o Brasileiro em andamento não seriam suficientes para manter as duas equipes na elite.
Mas, a teimosia ou talvez incapacidade de quem comandava a dupla BaVi, não lhes permitiu abrir os olhos e ouvir as vozes da torcida, do rádio e TV ou ler com mais atenção as mídias. Apostaram e perderam muito feito.
Além disso, participam submissamente de um Campeonato Estadual que alguns chamam de “Baianão”, mas que, como dizia o saudoso amigo Armando Oliveira, um dos ícones da análise na Bahia, não passa de uma “Baianinho”, sem torcida, sem renda para os clubes e que apenas enche os cofres da FBF que não gasta nada, não investe em nada e leva 5% de cada “borderô” e outro tantos % (por cento) de contratos de patrocínio como no caso da Embasa.
Todos os poucos funcionários da FBF são pagos pelos recursos que citei acima e ainda durante as partidas o pagamento do quadro móvel, apoio e segurança dos espetáculos sai da renda auferida nos Estádios. Muitos clubes ainda pagam taxas exorbitantes, uma das mais altas do País, na venda, transferência e inscrição de jogadores.
Nos 4 primeiros meses do ano, Bahia e Vitória perdem aproximadamente R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) para disputar uma competição que tem tradição, mas perdeu o “elã” na última década. O lucro sai apenas quando jogam entre si.
Em 2015, o Bahia pensou que estava pronto para enfrentar uma jornada de 7 meses com viagens longas, cartões amarelo e vermelho, contusões, lesões e má fase de alguns atletas. Começou bem a temporada, mas esqueceu, e ainda dá tempo de lembrar, que Série não é “Baianinho” nem Copa do Nordeste. O grupo que aí está precisa de reforços urgentes antes que comece a se afastar do “famoso e decisivo G4”.
O vice na Copa do Nordeste e o título do “Baianinho” parecem que “inebriaram” os olhos e as ideias da direção do Esquadrão de Aço, ou faltam recursos para novas contratações.
O grupo tem limitações técnicas e quantitativas. Ou reforça ou chega com extrema dificuldade onde deseja.
No caso do Vitória, foram evidentes as atrapalhadas do Sr. Carlos Falcão, que dizem, sequer tinha decisão dentro do clube. Guindado a presidente sem passar pela estrada da aprendizagem fracassou tristemente. Passou 2014 sem um título em qualquer das muitas divisões que o Vitória participa.
Foi “altruísta” ao reconhecer que fracassou e renunciou.
O “veterano” Raimundo Viana, que foi um presidente muito questionado na FBF, foi eleito (indiretamente) e assumiu efetivamente o comando, apesar das “ingerências” que alguns ainda tentam impor, mas sem a mesma imposição sobre o anterior.
Reconheceu o limite do grupo que estava com Ricardo Bruscky, Caludinei Oliveira e “alimentou” o elenco para Wagner Mancini. O time precisa ainda de pelo menos 4 jogadores que possam ser considerados titulares. Porém, demonstra outro nível. Em algumas partidas ou um dos tempos de jogo até que convence.
A permanência de um dos dois ou de ambos onde hoje estão vai ser traumático e quase trágico para o “combalido” futebol baiano.
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