Desde 25 de março, Daniel Alves está em liberdade provisória e devolveu à família de Neymar o dinheiro que recebeu emprestado para atenuar a pena da Justiça da Espanha pelo crime de estupro. De acordo com o Estadão, aproximadamente uma semana atrás, o jogador de 40 anos fez um depósito no valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil). Previamente, o pai do craque da seleção brasileira e do Al-Hilal havia afirmado que a contribuição foi “ajuda a um amigo”.
O valor pago por Daniel Alves à Justiça da Espanha é uma multa referente a “atenuante de reparação de dano causado. Assim, embora o Ministério Público da Espanha tenha solicitado a pena máxima de 12 anos de prisão, de acordo com a lei, a sentença foi reduzida para seis anos. Em fevereiro, o brasileiro foi sentenciado a quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual contra uma mulher de 23 anos em uma casa noturna de Barcelona.
A ajuda financeira a Daniel Alves decorreu do fato de que o jogador teve R$ 7 milhões bloqueados, além de 30% do que recebia mensalmente do São Paulo devido a um acordo de pagamento de salários atrasados. O bloqueio ocorreu após Dinorah Santana, ex-mulher, sócia e mãe dos filhos do atleta, reivindicar R$ 13 milhões em pensão alimentícia. O jogador também teve valores bloqueados pela Justiça da Espanha durante o processo por estupro.
Nesta quarta-feira, um tribunal de Barcelona rejeitou o recurso dos advogados da vítima que pleiteava o retorno de Daniel Alves à prisão na Espanha. Os magistrados minimizaram a possibilidade de o brasileiro deixar a Espanha, por ter familiares no país, e declararam que esse tema já fora discutido na decisão que liberou Daniel Alves.
Após ver seus recursos sucessivamente rejeitados na tentativa de obter a liberdade, o brasileiro conseguiu sucesso no mês passado, quando lhe foi concedida a liberdade provisória sob fiança de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,3 milhões).
A liberdade provisória de Daniel Alves não implica em absolvição. Após a condenação no Tribunal de Barcelona, o caso é analisado pelo Superior Tribunal da Justiça da Catalunha (STJC). Lá, há um pedido da defesa pela absolvição do brasileiro e outro do Ministério Público pelo aumento da pena imposta. Daniel Alves foi condenado a quatro anos e meio de reclusão, cinco anos de liberdade vigiada e dez anos de distância da vítima. Para obter a liberdade provisória, além do pagamento da fiança, ele também precisa entregar os passaportes (brasileiro e espanhol) e comparecer semanalmente ao Tribunal de Justiça de Barcelona.
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