Ayrton Senna: legado vivo dentro e fora das pistas 30 anos após sua morte

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No dia 1º de maio de 1994, durante o Grande Prêmio de San Marino de Fórmula 1 no Autódromo Internacional Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, na Itália, Ayrton Senna perdeu o controle da Williams que estava pilotando e colidiu violentamente contra o muro da curva Tamburello, resultando em um acidente fatal. O brasileiro, aos 34 anos, foi levado de helicóptero para o Hospital Maggiore, em Bolonha, onde infelizmente teve sua morte confirmada.

Trinta anos se passaram desde aquela trágica manhã de domingo. Em homenagem a Senna, uma escultura de bronze foi inaugurada no Parco delle Acque Minerali, próxima ao circuito, onde a curva Tamburello se encontra. A estátua atrai fãs de todo o mundo, que chegam para prestar homenagens ao ídolo da Fórmula 1.

Um dos admiradores que visitou a escultura recentemente foi o piloto brasileiro Nicolás Costa, de 32 anos, integrante da equipe McLaren no Campeonato Mundial de Endurance. Costa, que pilota o mesmo modelo de carro que Senna utilizou para conquistar seus três títulos na Fórmula 1, mencionou a emoção e responsabilidade que sente ao correr pela mesma equipe.

Outro nome conhecido do automobilismo brasileiro, Cacá Bueno, filho do narrador Galvão Bueno, relembrou a amizade próxima que sua família tinha com Senna. Bueno destacou a influência positiva que o tricampeão exercia, lembrando como sua determinação e orgulho de ser brasileiro impactaram diferentes gerações.

Além de inspirar pilotos e fãs, Ayrton Senna deixou um legado na segurança do automobilismo. Após o acidente fatal em Ímola, medidas de segurança foram reforçadas, como a introdução de testes de resistência nos carros e proteções adicionais para os pilotos, tornando as pistas e carros mais seguros.

Fora das pistas, o Instituto Ayrton Senna foi criado em novembro de 1994, com o objetivo de promover a educação de crianças e adolescentes no Brasil. Até o momento, mais de 36 milhões de estudantes e cerca de 200 mil educadores foram beneficiados pelos projetos da organização.

O impacto de Senna também se estende além das fronteiras brasileiras. Lewis Hamilton, sete vezes campeão da Fórmula 1, afirmou ter o brasileiro como sua maior referência. Outros pilotos, como Charles Leclerc e Pierre Gasly, também expressaram admiração pelo legado deixado por Senna.

Em 2012, a BBC elegeu Senna como o maior piloto da história da Fórmula 1. O jornalista italiano Leonardo Guzzo, autor do livro “Veloz como o vento”, destacou a busca de Senna pela originalidade, autenticidade e seu estilo de pilotagem criativo.

A presença de Senna ainda ecoa nas mentes dos fãs e admiradores do esporte a motor. Seu legado de determinação, orgulho e dedicação continua inspirando gerações e deixando uma marca indelével no mundo da Fórmula 1.

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