O nadador Bruno Fratus anunciou sua decisão de não disputar os Jogos Olímpicos de Paris 2024. O comunicado foi feito pelo próprio atleta nas redes sociais na tarde desta terça-feira (30).
O medalhista olímpico, que passou recentemente por uma cirurgia no joelho, justificou sua ausência na seletiva brasileira, que acontecerá de 6 a 11 de maio, alegando que não está em condições de competir.
“É uma decisão muito difícil, mas preciso me recuperar tanto fisicamente quanto mentalmente. Venho enfrentando lesões e cirurgias nos últimos anos. Ficar fora dos Jogos de Paris é um golpe duro. Não consegui me preparar da forma adequada devido aos longos períodos de recuperação, meses de dores e limitação de movimentos, o que afetou significativamente meu planejamento”, explicou Fratus.
O nadador, que conquistou o bronze nos 50m livre nas Olimpíadas de Tóquio, disse que a decisão foi tomada em conjunto com sua família, que tem sido seu apoio durante o processo de recuperação da operação realizada em fevereiro deste ano.
“Eu dei o meu máximo, porém cheguei ao meu limite tanto físico, mental quanto emocional. É difícil aceitar, mas há momentos em que o atleta precisa priorizar o ser humano que está por trás. Após conversar com minha família, minha equipe e os médicos, chegamos a essa conclusão juntos”, afirmou o atleta.
A cirurgia no joelho não foi a única lesão que impediu Fratus de se preparar para os próximos Jogos Olímpicos. Ele também passou por outras três cirurgias no ombro direito, que desenvolveram dores crônicas atrapalhando sua rotina de treinamento e preparação para as competições.
“Não estou em condições de competir no meu melhor nível. É uma realidade difícil, mas seria irresponsável e egoísta representar o Time Brasil em Paris sem ter a certeza de que posso lutar pelo ouroadequadamente. Nesse momento, é crucial que eu cuide de mim mesmo”, destacou o nadador.
“Este é um daqueles momentos em que a saúde precisa ser a prioridade. Agradeço o apoio incondicional do COB, do meu clube, Pinheiros,e de todos os meus patrocinadores e apoiadores, que conseguem enxergar o ser humano por trás do atleta e compartilham dos mesmos valores e sentimentos que eu”, concluiu.