No relatório intitulado “Liberdade para Escrever”, divulgado hoje, a organização norte-americana de defesa dos direitos humanos e da literatura, a PEN America, revelou que a China e o Irão foram os dois países onde um maior número de detenções foram registradas.
A estatística anual realizada pela PEN America considera pessoas que vivem da palavra escrita ou dita, em contextos de trabalho e ativismo, como comentaristas, jornalistas, escritores, acadêmicos, editores ou tradutores.
O relatório aponta que 339 autores “foram injustamente detidos ou encarcerados em 33 países, em todas as regiões do mundo”.
A China liderou os países que protagonizaram o maior número de detenções, ultrapassando pela primeira vez a centena de pessoas (107) em 2023, a maioria “por expressarem na Internet críticas a políticas oficiais ou por manifestarem opiniões pró-democracia. Há ainda 157 pessoas em risco de detenção arbitrária.
O Irão foi o segundo país que mais reprimiu a liberdade de expressão, com 49 autores encarcerados, dos quais 15 eram mulheres, ainda no âmbito do movimento de defesa dos direitos das mulheres e contra o regime iraniano desencadeado em 2022.
De acordo com a PEN America, “as mulheres que escrevem ou se manifestam contra o uso obrigatório do ‘hijab’ [vestuário para cobrir as mulheres segundo a lei islâmica] continuam particularmente em risco e o Irão é o que mais autoras detém em todo o mundo”.
Na lista dos países apontados pela PEN America surgem ainda Israel e Rússia, no contexto de conflitos em curso, em um dos casos nos territórios palestinos e no outro na guerra contra a Ucrânia.
Em uma análise de cinco anos, a PEN America notou “um aumento claro e constante no número de escritores presos em todo o mundo, passando de 238 em 2019 para 339 em 2023”.
A liberdade de expressão é um direito fundamental que deve ser protegido e respeitado em todo o mundo. Através do relatório “Liberdade para Escrever”, a PEN America destaca a importância de garantir a segurança e a liberdade de escritores, jornalistas e ativistas que lutam pela liberdade de expressão.
As detenções arbitrárias e injustas de autores em vários países, como a China e o Irão, são alarmantes e representam uma ameaça à democracia e aos direitos humanos. É fundamental que a comunidade internacional se una para pressionar esses países a respeitar a liberdade de expressão e a libertar os escritores injustamente detidos.
A situação das mulheres escritoras no Irão, que enfrentam represálias por se manifestarem contra o uso obrigatório do ‘hijab’, é especialmente preocupante. O Irão é apontado como o país que mais autoras detém em todo o mundo, o que demonstra a necessidade urgente de proteger os direitos das mulheres e garantir sua segurança.
Além da China e do Irão, outros países como Israel e Rússia também foram mencionados no relatório por reprimir a liberdade de expressão em contextos de conflito. É essencial que a comunidade internacional se mobilize para proteger os escritores e jornalistas que estão em risco de detenção arbitrária e violações dos seus direitos.
O aumento no número de escritores presos em todo o mundo, conforme apontado pela PEN America, é um sinal alarmante de que a liberdade de expressão está sob ameaça em várias partes do globo. É preciso agir de forma rápida e eficaz para garantir que esses escritores sejam libertados e que a liberdade de expressão seja respeitada e protegida em todos os lugares.
Informações de iNoticias