Investigadores no Japão descobrem forma de economizar uso de metal raro

Por Redação
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A produção em larga escala de hidrogénio verde é fundamental para a transição energética em direção a tecnologias mais sustentáveis. Um dos principais desafios tem sido a necessidade de irídio, um metal extremamente raro. Recentemente, Ryuhei Nakamura e sua equipa de investigadores do Centro RIKEN para a Ciência dos Recursos Sustentáveis (CSRS) no Japão apresentaram um método inovador que pode revolucionar a produção de hidrogénio.

O estudo liderado por Nakamura revela que é possível reduzir em 95% a quantidade de irídio necessária para a reação química que gera hidrogénio, sem comprometer a taxa de produção. Isso foi alcançado através da utilização de uma forma de óxido de manganês como catalisador da reação de eletrólise que extrai o hidrogénio da água. Embora esta descoberta seja promissora, os investigadores reconhecem que ainda há um longo caminho a percorrer antes que a produção em larga escala se torne viável.

O hidrogénio verde, gerado a partir de energias renováveis, está se tornando cada vez mais relevante na busca por uma economia neutra em carbono. Os investigadores acreditam que sua técnica pode contribuir significativamente para alcançar esse objetivo. “Esta descoberta poderá revolucionar nossa capacidade de produzir hidrogénio ecológico e ajudar a criar uma economia de hidrogénio neutra em termos de carbono”, afirmam os pesquisadores.

A extração de hidrogénio da água requer um catalisador eficiente para desencadear a reação química. Normalmente, os catalisadores mais eficazes são metais raros, como o irídio. No entanto, devido à sua raridade, torna-se impraticável utilizá-lo em larga escala. Para resolver esse problema, a equipe de Nakamura desenvolveu uma abordagem inovadora que combina manganês com irídio.

Ao dispersar átomos de irídio em óxido de manganês, os investigadores conseguiram manter a eficiência da produção de hidrogénio sem a necessidade de grandes quantidades de irídio. Além disso, o novo catalisador demonstrou ser capaz de produzir hidrogénio de forma contínua por mais de 3.000 horas, com uma eficiência de 82% e sem degradação.

“A interação inesperada entre o óxido de manganês e o irídio foi crucial para o nosso sucesso”, enfatiza Ailong Li, coautor do estudo. Essa descoberta representa um avanço significativo no campo da produção de hidrogénio verde e pode ter um impacto enorme na transição para uma economia mais sustentável.

No entanto, apesar dos resultados promissores, os investigadores alertam que ainda são necessárias mais pesquisas e desenvolvimento antes que essa técnica possa ser implementada em escala industrial. Ainda assim, a descoberta de Nakamura e sua equipe representa um passo importante na direção certa para alcançar uma produção de hidrogénio mais sustentável e eficiente.

Em última análise, a produção de hidrogénio verde em larga escala é essencial para o futuro energético do planeta. Com avanços como o apresentado por Ryuhei Nakamura e sua equipe, podemos vislumbrar um caminho promissor em direção a uma economia mais verde e sustentável.

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