O grupo radical Estado Islâmico está anunciando e vendendo meninas Yazidis como escravas sexuais pelo aplicativo de bate-papo WhatsApp.
Segundo o Canal Tech, os militantes usam ainda perfis no Facebook para divulgar seus feitos e o Facebook Messenger para compartilhar fotos das garotas que são mantidas em cativeiro. O recurso de privacidade de criptografia ponta-a-ponta, atualmente presente na maioria dos mensageiros, permite que o conteúdo compartilhado fique restrito aos participantes das conversas, o que que facilita as transações. Estima-se que aproximadamente 3.000 mulheres e meninas, muitas delas Yazidi, são mantidas em cativeiro e tratadas como escravas sexuais pelo IE na Síria e Iraque.
“Nós condenamos a inércia dos sites de mídia social como o Facebook, Twitter, WhatsApp e Telegram, que permitem livremente a venda de jovens Yazidis. Os sites nem ao menos respondem aos pedidos de remoção de páginas que fazem anúncios. Além do comércio, o Estado Islâmico também humilha e insulta todos os dias as famílias da minoria, enviando fotos dos sequestrados através desses aplicativos”, diz Ahmed Burjus, diretor da Yazda no Reino Unido, organização formada para apoiar a comunidade Yazidi.
Matt Steinfeld, porta-voz do WhatsApp, disse que a empresa tem tolerância zero contra contas que promovem a intolerância religiosa, e, quando evidenciado este tipo de comportamento, elas são sumariamente desativadas.
Os Yazidis são uma minoria religiosa presente no Iraque e vista como hereges pelos extremistas. Além dos sequestros, violência sexual e comércio de mulheres, o grupo escraviza e faz execuções em massa contra a comunidade. informações do Notícias ao Minuto.