Movimento pró Ximenes Belo pede regresso do bispo a Timor-Leste

Por Redação
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Em 2022, o Vaticano anunciou que impôs sanções disciplinares ao bispo timorense Ximenes Belo em resposta a alegações de abuso sexual contra menores em Timor-Leste nos anos 1990. A petição, datada de 26 de agosto e obtida pela Lusa, foi entregue ao primeiro-ministro Xanana Gusmão e ao Presidente José Ramos-Horta pelo Senado dos Liurai e pela Organização da Comunidade Intelectual de Timor Oriental (OCITO) em nome do movimento.

O movimento solicitou ao primeiro-ministro e ao Presidente que transmitissem as aspirações e pedidos ao Papa Francisco, que estava visitando Timor-Leste entre segunda e quarta-feira. A petição expressou o desejo do povo timorense de que o bispo Ximenes Belo retorne rapidamente para se reunir com seu amado povo e contribuir para a construção de um futuro melhor para Timor-Leste.

Além disso, o movimento pediu à Santa Sé o restabelecimento de todos os privilégios do bispo Ximenes Belo, reconhecendo seus esforços incansáveis para proteger os perseguidos durante a ocupação das forças invasoras de Timor. A petição enfatizou a esperança do povo timorense de que o Vaticano reconsiderasse sua postura em relação ao bispo, reconhecendo-o como um líder respeitado e confiável.

O movimento também instou o Papa Francisco a se comunicar com o bispo timorense para ajudar a aliviar seu sofrimento, angústia e solidão. As sanções impostas pelo Vaticano incluem restrições ao movimento e ao exercício do ministério do bispo Ximenes Belo, juntamente com a proibição de contato voluntário com menores ou com Timor-Leste.

Em setembro de 2022, o jornal neerlandês De Groene Amsterdammer publicou testemunhos de supostas vítimas de abuso sexual por Ximenes Belo quando eram menores. O bispo renunciou ao cargo de administrador apostólico de Díli em novembro de 2002, alegando problemas de saúde e a necessidade de recuperação.

Ximenes Belo viveu por muitos anos em Portugal, especialmente na residência dos Salesianos de Lisboa, mas seu paradeiro público não é conhecido desde a denúncia feita pelo jornal neerlandês. A situação continua a gerar debate e controvérsia em Timor-Leste e no Vaticano, enquanto o movimento liderado pelo Senado dos Liurai e pela OCITO busca restabelecer a reputação e os privilégios do bispo.

Fonte: iNoticias

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