Esperança do governo alemão de nova recessão em 2024 com economia a cair 0,2%

O ministro da Economia, Robert Habeck, está prestes a revelar oficialmente um valor crucial na quarta-feira, refletindo um cenário mais pessimista do que o previsto pelos principais institutos econômicos, conforme noticiado recentemente. O Governo alemão, que anteriormente apostava em um crescimento modesto de 0,3% para este ano, vê agora suas esperanças de uma recuperação impulsionada pelos consumidores desvanecerem rapidamente.

A maior economia da Europa enfrenta a iminência de entrar em recessão pelo segundo ano consecutivo, após uma queda de 0,3% no PIB em 2023, atribuída ao aumento dos preços da energia em decorrência da invasão russa da Ucrânia, ao desaceleramento da indústria e à queda nas exportações. Para 2024, apesar do abrandamento da inflação e da primeira redução das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE), as esperanças de uma recuperação são minadas pela fraca demanda interna e externa.

Em setembro, os principais institutos econômicos alemães revisaram para baixo suas previsões, agora esperando que o PIB estagne ou sofra uma contração de 0,1% neste ano. O jornal alemão Süddeutsche Zeitung destaca a persistente relutância dos consumidores em gastar, o que tem impactado negativamente no dinamismo da economia do país.

Além dos desafios conjunturais, a Alemanha enfrenta obstáculos estruturais, como a crescente concorrência da China, a escassez de mão de obra qualificada e a complexa transição ambiental. No entanto, o Governo alemão mantém o otimismo em relação às perspectivas para 2025, com o Ministério da Economia projetando um crescimento de 1,1% no próximo ano e de 1,6% em 2026, de acordo com o Süddeutsche Zeitung. Os institutos de pesquisa econômica preveem aumentos de 0,8% em 2025 e de 1,3% em 2026, sinalizando uma possível retoma econômica.

A fim de impulsionar essa recuperação, o Governo alemão propõe uma “iniciativa de crescimento” que inclui benefícios fiscais, redução permanente dos preços da energia para a indústria, diminuição da burocracia e incentivos para a permanência de trabalhadores mais experientes no mercado de trabalho, bem como para atrair talentos estrangeiros qualificados. Essas medidas visam estimular a atividade econômica e promover um cenário mais favorável para o crescimento.

Em meio a esse contexto desafiador, a Alemanha busca se reerguer e superar as adversidades presentes, vislumbrando um futuro mais próspero e sustentável. A combinação de medidas de estímulo econômico e reformas estruturais pode ser a chave para impulsionar a economia alemã em direção a uma trajetória de crescimento estável e duradouro.