Camponeses regressam aos campos em Cabo Delgado

Os camponeses de Namigure e Nambine estão retomando suas atividades agrícolas entre a sede de Macomia e o posto administrativo de Mucojo, após meses de abandono devido aos conflitos. Uma fonte de Macomia relatou que, apesar das condições adversas, eles estão retornando, pois o tempo está passando e suas plantações continuam intactas.

Os confrontos militares entre as forças armadas e os rebeldes nas matas de Mucojo e Quiterajo, a 40 e 70 quilômetros de Macomia, levaram os camponeses a abandonar suas terras. No entanto, os recentes desenvolvimentos no terreno estão trazendo alguma esperança de segurança, encorajando os agricultores a voltarem ao trabalho.

Os esforços das forças armadas para patrulhar as áreas de produção visam garantir a segurança necessária para que os camponeses possam trabalhar. A presença da força local tem sido fundamental, fornecendo suporte e encorajando os agricultores em suas atividades.

Além disso, as Forças Armadas de Defesa de Moçambique e seus parceiros do Ruanda anunciaram uma operação bem-sucedida que resultou na neutralização de dez terroristas. O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, também destacou os avanços na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado, com a desarticulação das ações dos insurgentes e a redução dos ataques.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado tem enfrentado uma insurgência armada ligada a grupos associados ao Estado Islâmico. Os recentes confrontos nas matas de Mucojo entre as forças militares e os insurgentes destacam a gravidade da situação, com relatos de intensos tiroteios.

A retomada das atividades agrícolas pelos camponeses é um passo positivo em meio aos desafios enfrentados em Cabo Delgado. A segurança e a estabilidade na região são fundamentais para garantir o bem-estar e a prosperidade das comunidades locais.

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