O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (14) a criação de um novo cargo no Gabinete presidencial: o Departamento de Eficiência Governamental, apelidado de “DOGE”, que será liderado por Elon Musk. O bilionário, dono de empresas como Tesla e SpaceX, assume a função ao lado de Vivek Ramaswamy, empresário do setor de biotecnologia e ex-candidato às primárias republicanas.
Reforma e desburocratização
O objetivo do DOGE é desmantelar estruturas burocráticas, reduzir regulamentações e cortar gastos considerados desnecessários, segundo Trump.
“Esses dois americanos maravilhosos abrirão o caminho para desmontar a burocracia governamental, reestruturar as agências federais e reduzir desperdícios,” afirmou Trump durante o anúncio.
Musk é um aliado próximo de Trump e foi um dos principais doadores de sua campanha eleitoral. Vivek Ramaswamy, por sua vez, traz ao cargo sua experiência empresarial e visão de austeridade fiscal.
Planos e conflitos de interesse
Apesar do entusiasmo republicano, o anúncio gerou críticas devido ao possível conflito de interesses, já que empresas de Musk mantêm contratos bilionários com o governo federal. A SpaceX, por exemplo, fornece tecnologia para o Departamento de Defesa, enquanto a Tesla depende de incentivos e créditos federais.
Especialistas também apontam para a intenção de Musk em desregulamentar áreas como inteligência artificial e criptomoedas, setores nos quais ele possui grandes investimentos.
Influência no governo Trump
Musk desempenhou um papel ativo na campanha de Trump, inclusive liderando um SuperPAC que financiou ações controversas, como sorteios direcionados a eleitores em estados-chave. A nomeação fortalece a relação entre os dois, com Trump frequentemente elogiando Musk como um “gênio”.
Impacto econômico
O mercado reagiu positivamente à indicação. As ações da Tesla subiram 15%, adicionando mais de US$ 20 bilhões à fortuna de Musk, agora avaliada em US$ 314 bilhões, segundo a Forbes.
O DOGE será um marco para a administração Trump, sinalizando um movimento agressivo em direção à redução do tamanho e da influência do governo federal, mas também levantando debates éticos e estruturais sobre o impacto de tais mudanças.
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