Como disputa de tarifas expõe fragilidade do governo canadense

Por Redação
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O então presidente dos EUA, **Donald Trump**, e o primeiro-ministro canadense, **Justin Trudeau**, participam da cúpula da OTAN no Grove Hotel, em 4 de dezembro de 2019, em Watford, Inglaterra. | Dan Kitwood/Getty Images

Problemas no governo do Canadá.

Na segunda-feira, a ministra das Finanças e vice-primeira-ministra, **Chrystia Freeland**, renunciou ao governo de Trudeau, citando divergências sobre a economia canadense diante das tarifas iminentes dos EUA. Seu partido, liderado por Trudeau, está perdendo confiança pública e parlamentar, com pressão crescente para sua renúncia.

Com a renúncia de Freeland, o governo de Trudeau enfrenta instabilidade, prestes a enfrentar um novo governo adversário liderado por Trump.

Trudeau enfrenta desafios de popularidade

Antes da renúncia de Freeland, Trudeau já enfrentava problemas de popularidade, com a insatisfação do público e de membros do partido. Após quase 10 anos no cargo, sua aprovação caiu para 28%, refletindo o descontentamento com sua administração.

O Canadá enfrenta crises econômicas e políticas, com questões sobre custo de vida, moradia e políticas ambientais e de imigração em destaque. O Partido Conservador, principal rival, capitaliza esses problemas, ameaçando a posição de Trudeau nas eleições de 2025.

As recentes derrotas eleitorais do partido liberal aumentaram a pressão sobre Trudeau para renunciar, com membros do próprio partido pedindo sua saída. A possibilidade de eleições antecipadas no final de janeiro adiciona incerteza ao cenário político canadense.

Tarifas de Trump complicam situação

A ameaça de tarifas de Trump sobre produtos do Canadá e México intensificou a crise interna. Freeland, em sua carta de renúncia, criticou a abordagem de Trudeau em relação às tarifas, agravando as tensões no partido.

Trudeau enfrenta desafios significativos para lidar com as tarifas, a dissidência interna e a iminente eleição. Sua experiência em negociações comerciais anteriores pode ser crucial, mas a incerteza política e econômica persiste no Canadá.

  “Tanto os conservadores quanto o Bloc Québécois querem provocar eleições, mas o New Democratic Party (Novo Partido Democrata) está muito menos ansioso para fazê-lo porque as pesquisas são ruins para eles. Eles apoiaram os liberais durante anos e poderão continuar a fazê-lo quando houver outro voto de confiança”, disse Daniel Béland, diretor do McGill Institute for the Study of Canada, à Vox;

Fonte: iNoticias

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