O presidente Donald Trump anunciou nesta terça-feira (31) um reforço do programa de verificação de estrangeiros que desejam se instalar no país. A declaração foi dada poucas horas depois do atentado terrorista que deixou oito mortos e 11 feridos em Nova York.
O autor, Sayfullo Habibullaevic Saipov, seria um uzbeque de 29 anos, chegou ao país em 2010 e trabalhou seis meses como motorista no Uber. Depois de atropelar pedestres com uma caminhonete e bater em um ônibus escolar, ele tentou fugir mas foi ferido e detido pela polícia. De acordo com a rede de TV CNN, ele deixou um bilhete dizendo pertencer ao grupo Estado Islâmico.
Segundo Trump, o controle aplicado pelo Ministério da Segurança Interna aos imigrantes já é considerado “extremo”. O comentário, como de costume, foi feito pelo presidente em sua conta no Twitter. Ele ainda acrescentou que ser politicamente correto é bom, mas “não em casos como esse”.
O presidente americano tentou proibir diversas vezes por decreto a entrada nos Estados Unidos de estrangeiros de vários países, principalmente muçulmanos, e de refugiados. As decisões foram sistematicamente bloqueadas pela justiça americana. Em junho, a Corte Suprema dos EUA autorizou aos serviços de imigração americanos uma revisão dos procedimentos e métodos de verificação dos viajantes.
Na semana passada, a Casa Branca anunciou que voltaria a aceitar a entrada de refugiados no território, depois de quatro meses de suspensão. A medida, entretanto, não se aplica a cidadãos de 11 países considerados de “alto risco”:
Egito, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Coreia do Norte, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iemên.
Controle de voos
Os Estados Unidos também pediram na semana passada às companhias aéreas que operam no país um reforço do controle nas fronteiras, que inclui um interrogatório mais aprofundado aos passageiros que desembarcam em território americano.
RFI