As autoridades dos Estados Unidos afirmaram na terça-feira que uma mulher, identificada como Nasim Aghdam, foi a responsável pelo tiroteio ocorrido na sede do YouTube no Vale do Silício (Califórnia), onde três pessoas ficaram feridas, antes que a suspeita cometesse suicídio.
Veículos de imprensa locais informaram que a investigação sobre o fato que aconteceu em San Bruno, uma cidade que fica a 20 quilômetros de São Francisco, está na sua primeira fase, por isso ainda não está clara a motivação do tiroteio.
Em um primeiro momento, surgiu a informação de que pudesse ter sido uma briga doméstica, embora depois tenha sido descoberto que Nasim Aghdam tinha um site, do qual se queixou em várias ocasiões que o YouTube supostamente bloqueou e censurou seus vídeos.
Segundo o raciocínio da suspeita, isso fez com que ela deixasse de ganhar dinheiro pelo conteúdo que hospedava nesta plataforma audiovisual.
“O YouTube filtrou meus canais para evitar que consigam visualizações!”, disse Nasim Aghdam, em seu site, onde aparecem diferentes fotografias e vídeos, assim como várias mensagens em favor do veganismo.
O incidente, que ocorreu por volta das 12h46 (horário local, 17h46 em Brasília) em um pátio dos escritórios da companhia tecnológica, fez com que a polícia local enviasse vários agentes para a região, um grande complexo formado por três edifícios em San Bruno.
Centenas de pessoas que estavam no local tiveram que ser retiradas com as mãos em alto e levadas para lugares seguros.
Após certa confusão ao longo da tarde sobre o número vítimas, a polícia de San Bruno esclareceu que foram três pessoas baleadas, enquanto que outra lesionou o tornozelo quando tentava fugir.
Os responsáveis pelo Zuckerberg San Francisco General Hospital informaram de que neste centro receberam três vítimas: um homem, em estado crítico; e duas mulheres, uma está em estado grave.
As primeiras informações sobre o tiroteio chegaram através das redes sociais de funcionários que foram testemunhas do fato.
Vadim Lavrusik, que em sua conta do Twitter se identifica como funcionário do YouTube, assegurou que havia “escutados disparos” e que havia “gente correndo”.
Este funcionário relatou que primeiro se refugiou em um quarto junto a outros companheiros e posteriormente disse que tinha sido retirado dali e que se encontrava a salvo.
“Estávamos sentados em reunião quando ouvimos pessoas correndo porque o chão estava tremendo. A primeira coisa em que pensei é que era um terremoto”, escreveu no Twitter Todd Sherman, que também se apresenta como funcionário do YouTube.
“Nós nos dirigimos para a saída e então vimos mais gente e alguém disse que havia uma pessoa com uma arma”, acrescentou.
Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou na sua conta do Twitter uma mensagem após ter sido informado sobre o ocorrido: “Nossos pensamentos e orações estão com todos os afetados”.
Após o massacre em um colégio de Parkland, onde morreram 17 pessoas, em fevereiro, o debate sobre armas de fogo voltou ao primeiro plano nos Estados Unidos.
Neste sentido, milhares de pessoas se manifestaram no último dia 24 de março em todo o país.