Coreia do Norte e do Sul prometem acordo de paz e fim de armas nucleares

Por Redação
3 Min

Crédito da Foto: reprodução / Reuters TV

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, anunciaram nesta sexta-feira (27/4) que concordaram em retirar todas as armas nucleares da península coreana. Eles também pretendem assinar um acordo de paz até o fim deste ano.

As Coreias do Sul e do Norte confirmam seu objetivo comum de alcançar através de uma completa desnuclearização, uma península coreana sem armas nucleares”, diz o comunicado assinado pelos dois líderes. A declaração não especifica como funcionará este processo para a retirada das armas.

No passado, os norte-coreanos já disseram que só poderiam abrir mão de suas armas nucleares quando os EUA tirassem seus 28 mil soldados da Coreia do Sul. Os países afirmaram que pretendem envolver os Estados Unidos e a China para converter o atual armistício em um acordo de paz.

Por terem participado da guerra, os EUA precisam participar e concordar com os termos do novo tratado. Embora o conflito entre os dois lados tenha durado de 1950 a 1953, os dois países nunca assinaram um acordo de paz e estão tecnicamente em guerra. Os países também anunciaram que em agosto irão organizar uma nova reunião entre famílias separadas desde a guerra.

As declarações dos dois líderes foram recebidas com apoio na comunidade internacional. “A guerra da Coreia vai acabar!”, escreveu o presidente americano Donald Trump nas redes sociais. “Depois de um ano furioso de lançamento de mísseis e testes nucleares, um encontro histórico entre o Norte e o Sul está ocorrendo. Coisas boas estão acontecendo, mas só o tempo dirá”, afirmou ele.

O primeiro-ministro japonês Shinzo Abe disse ter conversado com Trump sobre o processo de desnuclearização e disse que seu país também quer ser incluído nas conversas. Ele disse esperar que Pyongyang tome medidas concretas para que retirar as armas da região. Principais aliados do governo norte-coreano, Pequim e Moscou também elogiaram a medida e se colocaram a disposição para ajudar. “A China está disposta a continuar a ter um papel pró-ativo neste assunto”, disse em nota o Ministério de Relações Exteriores do país.

Compartilhe Isso