A variante do novo coronavírus encontrada no Reino Unido parece se mais letal do que se pensava. Diversas pesquisas de autoridades, como a OMS, haviam sinalizado que a cepa seria apenas mais transmissível do que a comum, mas o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, explicou que novos fatos surgiram. Ele afirmou nesta sexta-feira (22/1) que há “alguma evidência” de que a variante do Sars-Cov-2, identificada pela primeira vez na Inglaterra, pode ser mais mortal do que a versão original.
“Fomos informados hoje que, além de se espalhar mais rapidamente, agora também parece que há alguma evidência de que a nova variante – a variante que foi descoberta pela primeira vez em Londres e no sudeste da Inglaterra – pode estar associada a um maior grau de mortalidade”, afirmou.
Apesar disso, os estudos indicaram que as vacinas da Pfizer/BioNTech e de Oxford/AstraZeneca são eficazes contra o resultado desta mutação e de outras consideradas preocupantes, identificadas na África do Sul e no Brasil.
A variante do Reino Unido, também chamada de B.1.1.7, já foi detectada em pelo menos 44 países, incluindo os EUA e o Brasil. Ela apresenta uma transformação na proteína Spike, usada pelo vírus para entrar na célula humana. Na B.1.1.7, assim como nas outras duas variantes consideradas preocupantes, essa proteína sofreu uma mutação chamada de N501Y (que os cientistas apelidaram de Nelly), que permite que ela se transmita mais rapidamente.