O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, emitiu uma ordem nesta quarta-feira (27) direcionada às forças militares, indústria de material bélico e setor de armas nucleares, exigindo a aceleração dos preparativos de guerra. Essa decisão foi tomada em resposta a movimentos de confronto por parte dos Estados Unidos, os quais o governo norte-coreano classificou como sem precedentes.
Kim Jong-un anunciou a medida em uma coletiva de imprensa, destacando a necessidade de intensificar os esforços diante da “situação militar” na Península Coreana, que, segundo ele, atingiu níveis extremos devido aos recentes confrontos com Washington. O líder norte-coreano também revelou planos de expandir, a partir do próximo ano, a cooperação estratégica com países considerados “anti-imperialistas independentes”.
“A situação militar na Península Coreana se tornou extrema após confrontos sem precedentes de Washington. Kim estabeleceu as tarefas militantes para o Exército Popular e a indústria de materiais bélicos, armas nucleares e setores de defesa civil para acelerar ainda mais os preparativos de guerra”, declarou Kim Jong-un à agência de notícias KCNA.
Nos últimos meses, as relações entre Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos se intensificaram devido a testes de armas conduzidos pela Coreia do Norte. A cooperação militar entre esses países foi reforçada, incluindo a presença de um submarino nuclear dos EUA em um porto sul-coreano e manobras militares conjuntas em Seul e Tóquio.
O governo norte-coreano classificou essas ações dos EUA como “provocativas” e destinadas a iniciar uma guerra nuclear. Em 2023, a Coreia do Norte lançou um satélite de reconhecimento, consolidando seu status como potência nuclear, e conduziu testes de mísseis balísticos intercontinentais. A escalada de tensões na região continua a gerar preocupações globais sobre a estabilidade geopolítica.