Na ONU, presidente da Ucrânia insiste em “punição justa” por crimes russos

Por Redação
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, declarou durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas que um crime foi cometido contra sua nação e que Kiev busca uma “punição justa” para a Rússia.

Em um discurso gravado, Zelenskiy apresentou um plano de cinco pontos para alcançar a paz duradoura, rejeitando qualquer sugestão de neutralidade para a Ucrânia. Ele enfatizou que o plano proposto pela Ucrânia é a única opção viável para a paz na região.

O presidente destacou que as cinco condições não negociáveis para a paz incluem a punição pela agressão russa, a restauração da segurança e integridade territorial da Ucrânia, e garantias de segurança. Zelenskiy enfatizou a importância da punição para crimes de agressão e violações de fronteiras, ressaltando que a fronteira internacionalmente reconhecida deve ser restaurada.

Durante seu discurso, Zelenskiy também enfatizou que a neutralidade não está contemplada no plano de paz da Ucrânia, destacando a importância de defender os valores humanos e a paz diante dos ataques em curso.

Após o pronunciamento, muitas delegações presentes na Assembleia Geral aplaudiram Zelenskiy de pé, enquanto a delegação russa permaneceu sentada.

A Ucrânia tem como objetivo a adesão à Otan e à União Europeia, conforme estabelecido em sua constituição. A Rússia considerou a adesão da Ucrânia à Otan como uma “linha vermelha” que não poderia ser ultrapassada, antes mesmo de iniciar sua invasão.

Zelenskiy reiterou a necessidade de seguir o plano de paz ucraniano para qualquer acordo futuro, ressaltando que a comunidade internacional deve estar unida diante do terror russo. As acusações de crimes de guerra por parte das forças russas em territórios ocupados foram negadas pela Rússia, que defende que não visa civis.

O presidente ucraniano encerrou seu discurso na ONU reafirmando a determinação da Ucrânia e de seus aliados em buscar justiça e paz na região, sem abrir mão das exigências para alcançar uma solução duradoura para o conflito.

A busca pela adesão à aliança militar Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e à União Europeia está consagrada na constituição da Ucrânia. A Rússia disse, antes mesmo de iniciar sua invasão em fevereiro, que a adesão da Ucrânia à Otan era uma “linha vermelha” que não poderia ser violada.

Zelenskiy descartou “que o acordo possa acontecer em uma base diferente da fórmula de paz ucraniana. Quanto mais longe o terror russo chega, menos provável é que alguém no mundo concorde em sentar-se à mesa de negociação com eles”.

A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam as forças russas de crimes de guerra em diferentes partes do país que foram ocupadas. A Rússia nega as acusações e diz que não tem como alvo civis.

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