O ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, revelou em um evento diplomático realizado na Turquia que o Cairo está otimista em relação às negociações conduzidas pelo Catar, visando um acordo de cessar-fogo em Gaza antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadã.
As conversas sobre uma trégua em Gaza têm ocorrido em Paris nas últimas semanas, representando um esforço significativo para interromper os confrontos entre as forças israelenses e os combatentes do Hamas, além de garantir a libertação de reféns israelenses e estrangeiros.
“Chegamos a um ponto de entendimento, mas continuaremos fazendo todos os esforços em colaboração com nossos irmãos do Catar, dos Estados Unidos e de outras nações envolvidas nas negociações. Temos esperança de alcançar uma cessação das hostilidades e a troca de reféns”, afirmou Shoukry durante o Fórum Diplomático de Antália.
O ministro enfatizou a importância de agir rapidamente, considerando o início iminente do Ramadã. Ele ressaltou que existe um prazo determinado para alcançar êxito nas negociações antes do início do período de jejum.
Uma proposta de acordo inclui uma pausa de 40 dias em operações militares e a troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses na proporção de 10 para um. Shoukry destacou que o alívio do sofrimento do povo de Gaza e o aumento da assistência humanitária estão condicionados à cessação das hostilidades.
Por sua vez, o ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Malki, alertou que Israel não concordará com um cessar-fogo sem uma pressão internacional sobre o governo de Benjamin Netanyahu. Al-Malki expressou preocupação com a possibilidade de novos ataques e consequências devastadoras caso as negociações não avancem nas próximas semanas.
Diante desse contexto delicado, a comunidade internacional se mantém atenta e engajada no processo de mediação, buscando uma solução pacífica para a situação em Gaza. A ONU e demais parceiros desempenham papel fundamental na busca por um acordo duradouro que promova a estabilidade na região.
Em meio às tensões e desafios diplomáticos, a esperança de um cessar-fogo e a perspectiva de alívio para a população de Gaza permanecem como prioridades para os envolvidos nas negociações. A cooperação entre os países mediadores e as partes em conflito se mostra essencial para alcançar uma solução sustentável e evitar novas tragédias no território palestino.