Uma terra devastada foi deixada para trás quando a guerra de Israel na Faixa de Gaza se deslocou para o sul, perseguindo a liderança do Hamas. Espalhada em torno de Gaza City, a maior cidade do território, em grande parte destruída por bombas, a região agora abriga cerca de 300.000 pessoas vivendo em condições precárias, sem acesso a serviços públicos. As forças israelenses tiveram que escoltar os raros comboios que levam comida à população faminta, o que resultou em um violento tumulto na quinta-feira, com um saldo de 117 mortos e 760 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.
As cenas de desespero revelaram as duas realidades dramáticas criadas pela caçada israelense aos terroristas: a situação precária dos civis, incluindo mulheres e crianças, sem abrigo, energia, água e alimentos, e a ausência de um plano concreto do governo de Israel para o pós-guerra no território. O “massacre da farinha”, como foi chamado, gerou críticas severas ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e seu gabinete de guerra.
A pressão sobre o gabinete de Netanyahu também se manifesta nas ruas, com manifestações em Tel Aviv pedindo eleições antecipadas. A oposição, representada por Benny Gantz, viajou a Washington para discutir um plano humanitário para Gaza, em desacordo com Netanyahu.
Nos Estados Unidos, o conflito no Oriente Médio impactou as primárias, com eleitores democratas expressando seu descontentamento com o apoio a Israel. Em Michigan, cerca de 100.000 eleitores democratas deixaram de votar em Biden como forma de protesto.
Diante da pressão internacional, Netanyahu enfrenta desafios para elaborar propostas concretas para o pós-guerra. Resta saber por quanto tempo ele poderá manter sua estratégia belicista diante das crescentes críticas e pressões.
Por fim, o desenrolar dos acontecimentos na região e as ações do governo de Israel continuam gerando repercussões e questionamentos, tanto nacionalmente quanto internacionalmente.