O ataque que resultou em pelo menos 60 mortos e 146 feridos nos arredores de Moscou nesta sexta-feira, 22, foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico. Vários homens armados abriram fogo contra os espectadores que estavam em uma sala de concertos, conforme anunciado em um comunicado publicado pela agência de notícias Amaq, vinculada ao Estado Islâmico, no Telegram. No entanto, o comunicado não apresenta provas que sustentem a reivindicação.
Dentro da sala de concertos do Crocus City Hall, onde os tiroteios aconteceram durante a apresentação da banda de rock Piknik, vídeos mostram o desespero dos presentes ao ouvirem os tiros do lado de fora. Segundo relatos da RIA Novosti, pelo menos três indivíduos vestidos com uniformes do Exército dispararam suas armas na sala de concertos localizada no subúrbio de Krasnogorsk, no oeste da capital russa.
Além dos ataques armados, houve relatos de incêndios no edifício que abriga o Crocus City Hall, com imagens mostrando grandes nuvens de fumaça preta e partes do prédio em chamas. A mídia estatal Russia24 informou que o telhado do local desabou parcialmente devido ao incêndio.
A agência de notícias russa 112, especializada em reportagens criminais, estima que o número de mortos chegue a 40, com mais de 150 feridos. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, classificou o incidente como uma “terrível tragédia”, e as equipes de emergência estão em operação no local. Sobyanin cancelou todos os eventos públicos na cidade neste fim de semana e garantiu assistência às vítimas do ataque.
O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre o ataque e está sendo mantido atualizado sobre as medidas tomadas no local. A embaixada dos Estados Unidos em Moscou emitiu um alerta de segurança em 7 de março, indicando a possibilidade de atentados em grandes reuniões na cidade, incluindo shows. A Rússia não enfrentava um ataque terrorista significativo desde 2017, quando um bombardeio no metrô de São Petersburgo resultou na morte de 14 pessoas. Em 2013, homens-bomba mataram 34 pessoas em Volgogrado, pouco antes das Olimpíadas de Sochi, e em 2011, mais 30 pessoas morreram em um ataque no aeroporto Domodedovo, em Moscou.
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