O fundo de investimento em meios de comunicação social, RedBird IMI, anunciou hoje sua decisão de se retirar do projeto de aquisição do Telegraph Media Group e de vender a opção de compra que detém sobre a empresa, conforme comunicado enviado à agência AFP.
Desde 2004, o The Telegraph é propriedade da família Barclay e foi colocado à venda em outubro passado pelo banco britânico Lloyds, visando quitar uma dívida de cerca de 1,2 bilhão de libras (1,4 bilhão de euros).
Uma ‘joint-venture’ entre o fundo americano Redbird e o fundo de investimento em meios de comunicação social de Abu Dhabi, conhecido como Redbird IMI, havia chegado a um acordo com a família Barclay para liquidar a dívida até o final de 2023, que estava em vigor desde dezembro passado.
A entidade, liderada por Jeff Zucker, ex-diretor da CNN, pretendia assumir o controle da empresa, convertendo parte do empréstimo em ações do grupo de comunicação social e garantindo que o fundo dos Emirados Unidos fosse um “investidor passivo”.
De acordo com a Redbird IMI, essa proposta teria proporcionado ao jornal “as mais fortes proteções editoriais já oferecidas a um jornal britânico, além do tão necessário investimento”. No entanto, a empresa considerou essa abordagem inviável.
O The Telegraph e o The Spectator, pertencentes ao The Telegraph Group, podem ser vendidos separadamente ou em conjunto. Potenciais compradores, como Jonathan Harmsworth, dono do Daily Mail, e Paul Marshall, coproprietário do GB News, já demonstraram interesse.
A desistência da Redbird IMI do projeto de aquisição do Telegraph Media Group representa um revés significativo para o futuro do jornal e do grupo de comunicação social como um todo. Com a possibilidade de venda, a indústria de mídia britânica pode passar por mudanças relevantes.
A saída dos fundos de investimento Redbird e IMI também levanta questões sobre o interesse de outros investidores na aquisição do grupo de comunicação social. A incerteza em torno do futuro do The Telegraph e do The Spectator pode impactar o cenário da mídia no Reino Unido e a forma como as notícias são produzidas e distribuídas no país.
Agora, resta aguardar para ver como a situação se desenrolará nos próximos meses e quais serão os potenciais compradores interessados no The Telegraph e no The Spectator. O desfecho desse processo terá repercussões não apenas para os funcionários e colaboradores do grupo de comunicação social, mas também para a mídia britânica como um todo.
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