Carta de manicure detalha planos de sequestro de criança; resgate seria de R$ 300 mil

Por Redação
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Criança foi morta pela manicure; ex da suspeita disse que ela narrava odiar a criança

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Da Redação

A mãe da manicure Susana do Carmo Figueiredo, acusada de matar o menino João Felipe Bichara, de 6 anos, prestou depoimento nesta segunda-feira (1º) e entrou na delegacia uma carta em que a suspeita detalhava o plano para sequestrar uma criança e pedir resgate de R$ 300 mil. Com a prova trazida por Simone de Oliveira, mãe de Susana, o delegado Omena, que investiga caso, diz que fica claro as intenções da manicure. "Pelo contexto, só pode ser o João", disse ao G1.

A carta está escrita em duas folhas de caderno e enumera os pontos do plano, começando justamente pela ligação se passando pela mãe de João para a escola, autorizando a liberação do menino mais cedo. O delegado acredita que mesmo com a intenção de pedir um resgate, Susana sempre teve intenção de matar o menino. "Se ela ia pedir resgate depois, a gente não deu tempo para isso, pois ela ia pedir com a  criança morta mesmo", disse.

Um ex-namorado da manicure, Maicon Santiago Olimpio, de 25 anos, disse que Susana dizia odiar o menino e relatava que sofria assédio da parte do pai da criança. Ela chegou a dizer que foi amante de Heraldo Bichara Júnior, pai de João, o que ele negou à imprensa; Heraldo ainda é aguardado para depor.

"Quando eu morava com ela, ela era maneira. Isso tem entre um ano e 10 meses. Ela falava comigo que o marido da Aline (mãe de João) ficava assediando ela. Se é mentira ou verdade, eu não sei. Ela falava que ia continuar fazendo unha. Eu não vi, então não me sentia traído. Ela falava que não tinha nada com ele”, disse Maicon. “Falava que odiava o filho dela (de Aline), que ele batia nela, que se fosse filho dela iria dar uns tapas. Eu falava pra ela sair, mas ela dizia que precisava", explicou o ex.

Carta de manicure detalha planos de sequestro de criança

A carta foi encontrada na casa da manicure pela mãe. Também lá, foi encontrado um exame de gravidez, com data de outubro de 2012. A mãe de Susana não disse se a filha abortou, mas disse que ela teria engravidado de um homem a quem se referia como "Coroa". O delegado Omena disse que a mãe contou que Susana teria sido ameaçada por esse homem por conta da gravidez.

O ex-namorado diz que Susana contou que o filho que esperava era dele. "Ela falou que era meu, mas pode ter dito que era do Ícaro(outro ex-namorado) também, e sei lá de mais quem. Quando terminei com ela soube que ela tinha um monte de homem. Tem mais de 11 meses que não tenho mais nada com ela", lembra.

Crime
O crime aconteceu no dia 25 de março em Barra do Pirai, no Rio de Janeiro. Susana ligou para a escola onde João estudava se passando pela mãe do menino e pedindo para ele ser liberado mais cedo para ir a uma consulta média.

Em um táxi, Suzana foi até a escola, mas quem desceu para pegar a criança foi um taxista. De lá, eles seguiram para o Hotel São Luiz, onde o menino foi morto por asfixia. "Suzana usou uma toalha para tampar a boca e o nariz da criança, impedindo que João respirasse", diz o delegado.

A manicure então chamou outro táxi e foi para casa. O corpo de João foi colocado na mala do veículo. "Depois de jogar o corpo de João na mala, ela rasgou a blusa, camisa e o short do garoto, além de queimar seus tênis. Em seguida, jogou as roupas e o calçado numa lata de lixo", continua o delegado.

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