Grupo neonazista é preso depois de agredir nordestino em Niterói

Vítima diz que foi chamada de “nordestino de merda” O grupo vai responder por crimes de intolerância racial, propaganda nazista, lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores

Presos tinham artefatos com símbolos do nazismo (Foto: Reprodução/Extra)

 

Sete jovens que dizem ser neonazistas foram presos neste sábado (27) no Rio de Janeiro acusados de agredirem um nordestino no Centro de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Os seis homens e uma mulher têm tatuagens de suásticas e usavam roupas com referências ao neonazismo, segundo informações da delegada Helen Sardenber, da 77ª Delegacia, ao jornal Extra.

Com os sete, a polícia ainda apreendeu duas facas, um bastão, panfletos e ferramentas usadas para tortura. Os presos foram identificados como Caio Souza Prado, de 23 anos, Thiago Dias Borges, de 28, Philipe Ferreira, de 21, Carlos Luiz Bastos, de 33 anos, Dauil Oliveira de Moraes, de 31 anos, Jessica Charles, de 26. O sétimo envolvido é um adolescente de 15 anos, que foi apreendido.

A agressão aconteceu no centro da cidade, em uma praça. A vítima, Cirley Santos, 33 anos, é de Natal, no Rio Grande do Norte, e já conhecia um dos acusados. Ele contou que quando passava pela rua foi chamado pelo grupo  de “nordestino de merda”. Depois, os jovens chegaram a fazer uma referência a Adolf Hitler e passaram a bater no potiguar. Policiais militares passaram pelo local, viram a agressão e conseguiram prender os sete.

De acordo com a delegada Helen Sardenberg, os cinco homens vão responder por crimes de intolerância racial, propaganda nazista, lesão corporal, formação de quadrilha e corrupção de menores, todos inafiançáveis.  A vítima, identificada como Sirlei dos Santos, de 33 anos, prestou depoimento na delegacia.

Segundo a polícia, Davi Ribeiro Morais, de 39 anos, Carlos Luiz Bastos Neto, de 33, Thiago Borges Pita, de 28, Caio Souza Prado, de 23 e Philipe Ferreira Ferro Lima, de 21, vestiam camisas com referências a um grupo neonazista e exibiam no corpo tatuagens da cruz suástica. No carro onde o grupo estava também foram encontrados panfletos e outros materiais de propaganda nazista.