Oito mil pessoas pararam a capital baiana no fim da tarde desta segunda-feira (17). Em uma manifestação pacífica, estudantes baianos se uniram ao Movimento Passe Livre que ocorre em todo o País. Na Bahia, as reivindicações são muito além da gratuidade no transporte público. Melhorias na educação, saúde, saneamento básico e protestos contra os altos custos com as obras para a Copa do Mundo foram bases para o protesto. Dentre as frentes estudantis estiveram representantes da União dos Estudantes da Bahia (UEB) e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), além de estudantes de escolas públicas, de universidades, professores e adeptos.
Apesar do clima tenso não houve confronto com a Polícia Militar. De acordo com o comandante Nascimento, a orientação por parte da Secretaria de Segurança Pública (SSP) era a de não confrontar com os manifestantes. “Estamos aqui para dar tranquilidade aos manifestantes, para que possam se deslocar no ir e vir. Nós negociamos uma via somente, para que as pessoas não sejam importunadas”. Apenas 30 policiais militares faziam a segurança na saída da manifestação, às 16h, em frente ao shopping Iguatemi. Ainda de acordo com o comandante, o efetivo não estava munido com bombas de gás de efeito moral. “Nada disso será necessário”.
No trajeto, os estudantes saíram do Iguatemi, seguiram pela Avenida Tancredo Neves e voltaram pela Estação de Transbordo. De acordo com os manifestantes, o ato de “passe livre” aconteceria ali, quando os protestantes entrariam nos ônibus e passariam sem pagar a passagem. O trajeto seguiu adiante pela Avenida ACM e terminou em frente ao shopping Iguatemi, por volta das 22h. O “passe livre” não aconteceu.
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Para o diretor da União dos Estudantes da Bahia, Helder Conceição, o movimento perpassa por outras questões. “Prioritariamente o objetivo é a questão do transporte público de qualidade que já discutimos há anos, mas hoje conseguimos um bom apoio por conta do que está acontecendo em São Paulo para podermos dar início a este debate, um transporte de qualidade com um valor acessível. Nós estamos estendendo nossas veias para além do transporte, como é o caso da educação, que é uma carência muito grande, e também da saúde”.
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