Petistas atribuem protestos a governo, mídia e direita

Por Redação
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Manifestação no Rio de Janeiro | FOTO: Tomaz Silva/ABr |
Manifestação no Rio de Janeiro | FOTO: Tomaz Silva/ABr |

Em meio a busca de explicações para o surgimento das manifestações em todo o País, integrantes da cúpula do PT, ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado, se dividem entre aqueles que culpam o governo pelo afastamento da sociedade e os que creditam a manutenção dos protestos aos interesses da direita e da mídia. Na avaliação de alguns petistas, os protestos sem uma identificação partidária revelam uma nova forma de movimento social que, no passado recente, era capitaneado pelo partido, responsável em grande parte por dar voz aos “anseios” das classes. Agora, no entanto, o partido apenas “vê a banda passar”. Parte dessa falta de protagonismo atual, para alguns, deve-se a um “caldo de cultura” gerado desde o julgamento do mensalão e pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff dos políticos e consequentemente do PT.

“Isso já vem ocorrendo nos últimos cinco anos quando uma parcela da sociedade viu no mensalão que o PT, que era quem representava as multidões nas suas reivindicações, também não se salvava”, disse um petista sob a condição de anonimato. “Dilma precisa disputar a agenda da sociedade. Não o faz porque acha que é centro da gravidade. A postura de que ela está acima da classe política também criou um caldo de cultura que veio desaguar agora”, acrescentou. Em meio ao descontentamento com Dilma, surge entre alguns representantes do partido um sentimento de “volta, Lula”. “Há um sentimento estranho em relação à Dilma. O autismo do governo alimenta um sentimento de ”volta, Lula” que ainda não está canalizado, mas pode vir a ficar”, afirmou outro dirigente do partido.

Agência Estado

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