Iaina Estrela tem 23 anos e atualmente mora em Vancouver, no Canadá. ‘Cosplay é um hobby que eu faço desde os 15 anos’, conta.
Uma jovem baiana de 23 anos é a primeira representante do estado e uma das poucas brasileiras a ser premiada em uma competição internacional de cosplay, manifestação artística que vem de “costume play”, ou se vestir de forma que represente com fidelidade personagens do cinema, dos jogos ou dos quadrinhos.
No dia 12 de julho, Iaina Estrela conquistou o 3º lugar no Yamato Cosplay Cup, evento que reuniu competidores da américa do sul e europa, com uma fantasia que representa a Demon Hunter, ou Caçadora de Demônios, do game Diablo III.
Na quinta-feira (18), Iaina recebeu a equipe do G1 em sua casa em Salvador, para onde foi depois de participar do campeonato em São Paulo. Atualmente, a jovem estuda computação gráfica em um instituto de Vancouver, no Canadá.
“Faço cosplay desde os 15 anos. De lá para cá são 23 personagens”, diz. Segundo ela, quando completou o 3º ano do ensino médio a mãe chegou a dar um ultimato de que o cosplay iria até aquele ano, “mas não funcionou”, brinca. No começo o dinheiro da mesada mais o do lanche do colégio financiavam os fantasias, depois o dinheiro do estágio e dos trabalho com design gráfico, mais a ajuda dos pais.
Ela diz que parou de contar o custo das fantasias no quinto personagem, mas admite que os valores de cada roupa pode ultrapassar os R$ 1 mil. “Ele vai encarecendo à medida que você quer chegar a um resultado melhor. Meus pais já reclamaram, mas também ajudavam e depois viam que ficava bonito, gostavam”, conta. As roupas são feitas com a ajuda de uma costureira de Salvador ou pela própria estudante, como no caso da fantasia do game Diablo II, que rendeu a premiação internacional. “Como eu estava no Canadá, tive de fazer tudo sozinha. Arrumei uma máquina de costura emprestada e arrisquei”, explica.
Segundo ela, praticar cosplay é um hobby que começou por conta da admiração dos desenhos, principalmente os japoneses. “Eu costumo dizer que o cosplay é aquela pessoa que não larga, continua vendo desenho, continua jogando videogame. É aquela pessoa que cresce e é adulto na hora que precisa, mas na hora que ninguém te cobra você pode voltar a essa fase”, diz.
“No dia que você for em um evento de cosplay você vai se acabar de dar risada. Uma vez ela foi com fantasia de uma loira e a plateia começou a gritar: ‘Xuxa, eu te amo’, eu me acabei de gargalhar, a galera é sacana”, se diverte a mãe de Iaina, a advogada Idevita Gonçalves.
Além do terceiro lugar no evento internacional, Iaina já conquistou dois campeonatos nacionais, em dupla e individual. Entre os personagens estão figuras de jogos de videogame, animes japoneses e personagens da cultura pop. “A empolgação vem quando as pessoas te abordam, perguntam sobre seu trabalho, reconhecem a dificuldade do que você fez, todo aquele esforço, essa é a melhor parte”, diz a jovem, que pretende continuar com o cosplay “até quando não der mais”.
G1