Falta muito tempo, porém, nos bastidores, já começam a circular informações sobre a desincompatibilização de secretários que almejam disputar o pleito de outubro de 2014. O assunto é tratado fora dos círculos de conversa e, de acordo com o secretário estadual de Relações Institucionais (Serin), Cezar Lisboa, ainda não preocupa o governo. “Podemos facilmente falar em 10 potenciais candidatos, mas acredito que cinco ou seis vão efetivar as candidaturas no ano que vem”, admitiu Lisboa.
Para ele, ainda é cedo para falar sobre a troca de secretários no governo. “Ainda falta muito tempo. O prazo é de seis meses antes da eleição, está muito cedo. Agora precisamos pensar para ver qual o melhor momento. Não é algo que já esteja definido”, completou o titular da Serin. Nos corredores, no entanto, fala-se em dezembro como um período interessante para haver a troca de membros do primeiro escalão que estejam com as candidaturas consolidadas. “Está claro que temos potenciais candidatos, mas não posso falar em prazos”, tangenciou o representante do governo.
Entre os nomes mais freqüentes nos bolões de aposta, aparecem os titulares da Comunicação, Robinson Almeida, e da Saúde, Jorge Solla, ambos cotados para puxarem votos para a chapa do PT na Câmara Federal. O companheiro de Relações Institucionais, todavia, evita em citar nomes de secretários que podem ser candidatos a deputado federal ou estadual. “Esses (Almeida e Solla) seriam potenciais candidatos, mas ainda está muito antecipado. Do ponto de vista do governo, não há a necessidade dessa antecipação”, comentou Lisboa, quando questionado.
Outros nomes, no entanto, também acabam sendo lembrados quando o assunto é a eleição de 2014, como é o caso da secretária de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Moema Gramacho (PT). Ex-prefeita de Lauro de Freitas, Moema teve a indicação para a pasta balançada justamente pela necessidade de desincompatibilização para o retorno dela para a Assembleia Legislativa.
Sobre o retorno ao legislativo estadual, o próprio Lisboa já considera um como certo, o do titular de Ciência e Tecnologia, Paulo Câmera (PDT). “O secretário de Ciência e Tecnologia é deputado e deve retornar a função para tentar reeleição”, exemplificou. Ficou de fora da lembrança, no entanto, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, que está licenciado da Câmara Federal e, independente do cargo que dispute, deverá se desincompatibilizar também.
Já a desincompatibilização do secretário de Infraestrutura e também vice-governador, Otto Alencar, também já é dada como consolidada, ainda que não haja prazo específico ou que o secretário de Relações Institucionais nem cite. Alencar se apresenta como candidato a senador e, por circunstâncias da legislação, deve sair das duas funções exercidas por ele.
Instado, em mais de uma interpelação, a trazer detalhes sobre prazos ou nomes que poderiam deixar o governo antes do final do mandato do governador Jaques Wagner, Lisboa manteve a postura. “É muito cedo”, frisou.
Tribuna da Bahia
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