Criança foi retirada de casa no dia 19 de agosto; corpo foi achado em rio.
Suspeito foi preso e confessou crime alegando estar revoltado com família.
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O primo da menina de seis anos, que estava sumida há um mês, foi preso e confessou ter estuprado e matado a criança, informa a polícia nesta sexta-feira (20). Os restos mortais da criança foram encontrados em um rio, na cidade de Coaraci, sul da Bahia, no domingo (15).
A delegada Ana Cristina Soares Cabral, que investigou o caso, afirma que ele foi preso há um dia após cumprimento de mandado de prisão preventiva. “Hoje ele resolveu confessar”, diz.
Segundo ela, o suspeito afirmou que estava revoltado com a família e raptou a criança para se vingar. “Ele alega que [familiares] diziam que ele era drogado, traficante, e ele queria se vingar. A intenção era matar [a criança]”, retrata a delegada.
A menina foi retirada de casa no dia 19 de agosto. A mãe dela afirmou que a deixou na sala de casa para ir ao quarto e, ao voltar, não achou mais a filha. A família mora em Almadina.
O suspeito começou a ser investigado pela Polícia Civil a partir do relato de testemunhas. “Os familiares espalharam cartazes pela cidade [Almadina] e, com essas fotos, algumas pessoas disseram que tinha visto ele pela cidade no dia do crime”, complementou.
Restos mortais
O corpo foi encontrado na tarde de domingo (15), no rio Almada. Na segunda-feira (16), uma equipe da Polícia Civil esteve na zona rural de Coaraci, onde o corpo foi achado. Segundo a polícia, o corpo estava em estado avançado de decomposição, o que impossibilitou sua identificação imediata. Ainda assim, segundo a polícia, a mãe da garota esteve no local e reconheceu a filha pelas roupas que ela estava vestindo. O corpo tinha fiação enrolada no pescoço, o que pode indicar o crime de homicídio.
Desaparecimento
A menina desapareceu de dentro de casa no dia 19 de agosto deste ano. “Ela ficou aqui sentada e eu entrei para o quarto. Quando eu saí, ela não tava mais”, conta Célia dos Santos, mãe da criança. “Quem fez isso pegou por maldade, perversidade, pra querer fazer alguém sofrer e judiar da criança”, diz o pai, André Marques.
O caso mobilizou a comunidade de Almadina que fez alguns protestos contra o sumiço da garota. O caso foi acompanhado pelo Conselho Tutelar.