A crise financeira sem precedente que atinge o Estado da Bahia começa a fazer estragos junto aos servidores públicos. A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) não pagou ainda o salário do pessoal e não deu nenhuma previsão de quando o dinheiro será creditado. É a primeira vez que o atraso de pagamento do servidor público acontece no governo Wagner. Segundo informações do Jornal da Mídia, não acontecia isso na Bahia há pelo menos 30 anos. “Comenta-se que outros órgãos do Estado também vão passar a atrasar salários. Parece que as constantes denúncias da oposição estão ficando cada vez mais evidentes: o governo Wagner conseguiu quebrar a Bahia”, diz trecho do texto publicado pelo site.
Rombo de R$ 2 bilhões
Em 2 de agosto deste ano, o governador Jaques Wagner (PT) baixou decreto limitando as despesas de manutenção, desenvolvimento de projetos e atividades de todas as secretarias e órgão vinculados ao Poder Executivo. O contingenciamento representa cerca de 15% do orçamento de cada órgão, no total de R$ 250 milhões. O vice-presidente do Instituto de Auditores Fiscais da Bahia (IAF-BA), Sérgio Furquim, explicou que a maior parte dos gastos do Estado são custeados pela fonte 100. Ele acredita que o governo, ao limitar as despesas de secretarias e órgãos, busca recompor o saldo desta fonte de recursos.
Ele informou que a Bahia vem registrando, nos últimos três anos, déficit na Fonte 100. Fruto, afirma Furquim, do uso desses recursos para suprir a necessidade de outras fontes. Nos Demonstrativos de Disponibilidade de Caixa das Gestão Fiscal de 2011, o saldo na fonte 100, antes do saldo dos restos a pagar, foi de um déficit de pouco mais de R$ 2 bilhões. Em 2012, este saldo foi de déficit de pouco mais de R$ 2,188 bilhões. As informações foram publicadas pelo Jornal da Mídia.