Estudante de 13 anos foi baleado porque ele demorou a entregar celular
O celular era um Sony Xperia Z1, que custa cerca de R$ 2 mil. A vítima, que mora numa rua próxima ao local do crime, e cursa o 9º ano no Centro Educacional São Lázaro, passa pela Rua Rui Barbosa diariamente, a caminho da escola. “Vi a moto subindo a rua, mas não imaginei que fossem assaltantes”, contou o garoto, que nunca havia sido roubado.
Ele explicou que se assustou com a arma apontada contra o corpo e esperava que alguém na rua o ajudasse. Ao notar a resistência para entregar o celular, o bandido sentado na garupa da moto tomou o aparelho das mãos do garoto e atirou contra o tórax do menino, que caiu no chão. “Foi um pandemônio, o pessoal ficou desesperado, ligamos para o Samu, mas, com medo da gravidade do tiro, o vizinho aqui da rua mesmo colocou ele no carro e levou para o hospital”, comentou um morador, sob anonimato.
Após ser socorrido ao hospital Ouro Negro, o garoto recebeu os curativos e passou por exames, nos quais foi constatado que o projétil não atingiu nenhum órgão. O estudante já recebeu alta. O pai do garoto, Antônio Carlos Santana, contou que levou um grande susto, pois, apesar de conhecer pessoas que foram assaltadas na área, não imaginava que algo fosse acontecer ao filho. “Já tinha ouvido o pessoal comentando, mas Candeias está assim, entregue. A região aqui não tem policiamento. À noite, temos que pagar um segurança para fazer ronda aqui”, reclamou o aposentado.
A Polícia Militar informou que o patrulhamento no município é realizado dia e noite, com rondas em veículos de quatro e duas rodas, além das abordagens a pessoas e veículos também com apoio da Rondesp/RMS. Antônio Carlos ainda chamou a atenção para a falha no sistema de videomonitoramento da cidade, já que a câmera próxima ao local do assalto não registrou a ação.
“Quando perguntamos à polícia sobre a filmagem, eles disseram que a câmera estava quebrada”, reclamou. Em agosto do ano passado, a Polícia Militar, em parceria com a prefeitura de Candeias, inaugurou uma central de videomonitoramento que conta com 35 câmeras na cidade. A 10ª CIPM confirmou que, com defeito, o equipamento não estava funcionando. O caso será investigado pela 20ª Delegacia (Candeias).Correio