Depois de 14 dias sem produção na Câmara Municipal de Candeias pela ausência na casa, que custa R$ 1.050.000,00 (um milhão e cinqüenta mil reais por mês do dinheiro do povo) da maioria dos vereadores – em duas sessões estiveram presentes apenas o presidente Roberto Melo e Waldir Cruz e Dr. Pitagoras -, os trabalhos foram retomados.
Alguns projetos foram aprovados como a permissão para que caminhões-caçamba possam chegar até o Malembá, de autoria de Gil Soares, do PTB, e o de título de Cidadão de Candeias ao empresário Gilson Laranjeiras, de autoria de Dr. Pitagoras, do PP. Porém, foram retirados da pauta projetos como do Vereador Ivan do Prateado.
Ausente da sessão até mais de uma hora depois do início dos trabalhos, a Vereadora Marivalda Silva, líder da maioria e do Executivo, chegou, e a presidência da mesa, em atitude surpreendente, tentou colocar em discussão e votação os projetos de autoria dela.
Porém, vários vereadores da base, como Fernando Calmon, Ivan do Prateado e de oposição como Rita Loira – todos incomodados com a mudança dos rumos da direção dos trabalhos – se ausentaram para não haver “quórum” e foi solicitado a verificação. Constatada a ausência de número mínimo para votação, a pedido do Vereador Gil Soares, que, segundo os bastidores mede forças diárias com a líder, a sessão foi encerrada.
Segundo ainda os que freqüentam a casa, é cada vez mais clara a insatisfação dos aliados do Sargento Francisco, com a “arrogância e imposição de idéias” da Vereadora Marivalda Silva, que tem deixado irritada a maioria dos edis da base. Lembram, inclusive, que ela e Gil Soares já foram chamados pela Rádio Baiana, de “Primeiros-Ministros” da Câmara pela tentativa de convencimento e imposição de pontos de vista aos parlamentares mais novos.
Outra irritação dos “parlamentares” candeenses é a notícia, também reproduzida por este site, de que cada Vereador custa por mês R$ 62 mil reais. Eles alegam que o “soldo” é de apenas R$ 8 mil reais. Esquecem os “representantes do povo”, que se não existisse a Câmara, o dinheiro público não seria gasto com a estrutura legislativa, embora sem parlamento não haja democracia. Mas, a análise é simples: “se para a estrutura funcionar é gasto o valor de R$ 1.050 (um milhão e cinqüenta mil) basta dividir por 17. Telefone, água, energia, assessoria, material de escritório, funcionários(efetivos ou não) só são despesas porque lá estão os vereadores, eleitos pelo povo para trabalhar, produzir e serem “transparentes”, que demonstra ética, seriedade e postura democrática. Ou querem a ditadura que institucionalizou a corrupção no pais mantida pelos governos civis eleitos pelo voto direito. Mensalão e mensalinho são prática legislativa e executiva brasileira.