Com um gol salvador no fim da prorrogação, a Argentina venceu a Suíça por 1 a 0 nesta terça-feira, em São Paulo, e se classificou para as quartas de final da Copa do Mundo.
O chorado gol argentino veio só aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação com Angel Di Maria, após ótima jogada de Lionel Messi.
Com a vitória, os argentinos se classificaram para as quartas de final, onde duelarão com o vencedor do confronto entre Bélgica e Estados Unidos.
A Argentina, apontada por muitos como uma das grandes favoritas ao título e liderada pelo quatro vezes melhor do mundo Lionel Messi, encontrou muita dificuldade para chegar às oitavas de final, apesar de ter caído em um dos grupos teoricamente mais fáceis da competição.
Os comandados de Alejandro Sabella, apesar do 100% de aproveitamento, sofreram muito para vencer os modestos Irã, Bósnia e Nigéria no Grupo F.
Antes da partida, os milhares de fanáticos argentinos, que invadiram todas as cidades brasileiras onde a Alviceleste jogou -em São Paulo não foi diferente-, continuavam apostando que sua seleção conseguiria, enfim, mostrar o potencial de uma equipe que conta com jogadores do quilate de Messi, Di Maria, Lavezzi e Higuaín.
Já os suíços, apesar de serem cabeça de chave do Grupo E, acabaram logicamente atrás da França, por quem foram goleados (5-2), mas as vitórias sobre Equador e Honduras valeram a vaga nas oitavas de final.
Suíça perde gols
No primeiro tempo, a Argentina teve um pouco mais da posse de bola (57%), mas não conseguiu levar perigo ao gol de Benaglio e foram os suíços que ameaçaram abrir o placar duas vezes.
Aos 27 minutos, Shaquiri, talvez o único jogador de grande qualidade individual numa Suíça conhecida pela solidez tática, fez ótima jogada pela direita e cruzou na medida para Xhaka, de cara para o gol, pegar de primeira, mas a bola foi fraca e Romero fez boa defesa, salvando a Argentina.
O técnico da Suíça, o alemão Ottmar Hitzfeld, havia prometido na véspera da partida que sua equipe conseguiria parar Messi, autor de quatro gols em três jogos no Mundial, e, por boa parte da partida, cumpriu a promessa. Sempre com dois jogadores na marcação do camisa 10, A Suíça não permitia ao pequeno gênio fazer a diferença com seus dribles curtos e seus chutes colocados.
Com Messi bem marcado, a Suíça perdeu outra enorme chance de ficar em vantagem no marcador. Aos 39 minutos, Shaquiri deixou Drmic cara a cara com Romero. Ao invés de chutar, o atacante quis enfeitar e, na tentativa de encobrir o goleiro, acabou recuando a bola para o adversário.
Pressão alviceleste
Após mais um primeiro tempo decepcionante, os argentinos voltaram a campo mais incisivos no ataque e finalmente obrigaram o goleiro suíço a trabalhar.
Aos 14 minutos, Rojo recebeu dentro da área e chutou de primeira. Benaglio tirou com os punhos. Três minutos depois, Higuaín, uma nulidade em campo até então, apareceu parar cabecear um cruzamento de Rojo. O goleiro suíço voou para mandar para escanteio.
Famosa pelas históricas retrancas, a Suíça segurou como pôde o impeto Alviceleste no segundo tempo e praticamente não chegou à área adversária.
Com o domínio argentino, quem acompanhava o jogo esperava que Messi pegasse uma bola e, como já tinha feito contra a Bósnia, o Irã e a Nigéria, resolvesse a vida da Argentina num lance.
Aos 33 minutos, Messi quase fez isso. O craque recebeu na entrada da área e, mesmo sendo puxado e marcado por dois jogadores, conseguiu abrir espaço para arranjar um chute rasteiro que Benaglio defendeu no reflexo.
Não teve jeito. A Argentina não conseguiu romper a defesa Suíça e a partida foi para a prorrogação.
No tempo extra, os helvéticos pareciam mais inteiros e os argentinos, que correram atrás da vitória no tempo regulamentar, estavam visivelmente mais cansados.
A Argentina, porém, tem Messi e, aos 13 minutos do segundo tempo da prorrogação, o craque recebeu no meio, driblou um marcador e deixou Di Maria na cara do gol para colocar a Alviceleste nas quartas de final da Copa do Mundo.