Um avião de passageiros da Malaysia Airlines caiu na Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, com 295 pessoas a bordo, disse a agência russa de notícias Interfax, nesta quinta-feira, citando uma fonte da indústria de aviação. A companhia aérea confirmou que perdeu o contato com o voo MH17 e que a última posição conhecida foi o espaço aéreo ucraniano.
Segundo a agência, o avião da Boeing 777 voava de Amsterdã, na Holanda, para Kuala Lumpur, na Malásia. Ainda segundo a agência, a aeronave teria sido abatida por um míssil a uma altitude de 10 000 metros sobre o leste da Ucrânia, região onde separatistas pró-Rússia enfrentam as forças de Kiev.
Um assessor do ministro do Interior da Ucrânia afirmou que o míssil foi lançado por separatistas a partir do solo. A aeronave teria caído na cidade de Shakhtersk, cerca de 50 quilômetros a leste de Donetsk, perto da fronteira entre Donetsk e Lugansk, áreas autodeclaradas independentes pelos separatistas. Representantes de grupos pró-Moscou negaram envolvimento com a queda, alegando que seus armamentos têm alcance de 3.000 metros, informou a Interfax.
Na segunda-feira, um avião cargueiro da Força Aérea ucraniana foi abatido no leste do país. Segundo Kiev, o foguete que derrubou a aeronave partiu do lado russo da fronteira. Andrei Lisenko, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa ucraniano confirmou nesta quinta que dois dos oito tripulantes do avião de transporte modelo An-26 derrubado foram encontrados mortos, enquanto quatro foram resgatados e outros dois aprisionados pelos rebeldes separatistas.
Em março deste ano, um avião da Malaysia Airlines que ia de Kuala Lumpur para Pequim, na China, desapareceu com 239 pessoas a bordo. Após sumir dos radares, o avião desviu de sua rota original e se dirigiu em direção ao Oceano Índico, a cerca de 5.000 quilômetros da costa da Austrália