Segundo o órgão, a casa não estava no local quando o poste foi instalado.
A internauta Geisa de Jesus, que mora na cidade de Candeias, região metropolitana de Salvador, reclama de um poste que fica muito próximo da casa onde vive e que, segundo ela, oferece risco à sua família. Geisa e o marido moram no segundo pavimento, construído por eles há 14 anos, da casa onde vive a sogra dela.
Ela conta que solicitou à Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) a retirada do poste, entretanto não tem condições de arcar com valor que está sendo cobrado pelo serviço, que é de R$ 5 mil.
“Estou impedida de terminar uma reforma na minha casa, porque os fios oferecem risco”, complementa.
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Nota da redação: O G1 procurou a assessoria da Coelba, que informou que a rede elétrica é implantada de acordo com as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), respeitando as distâncias e limites de segurança, e conforme o arruamento (delimitação de ruas e calçadas) definido na época da instalação. A coelba argumenta que, no caso de Geisa, uma equipe da concessionária foi até o local e constatou que, quando o poste foi instalado, não havia uma casa com dois pavimentos, como agora.
O engenheiro elétrico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Bahia (CREA-BA) Claudio Lins confirmou o perigo da situação. “São fios de eletricidade, então se alguém tocar, pode levar um choque de graves consequências”, afirma.
“Quando a pessoa amplia o imóvel, é preciso ter o alvará para evitar que situações dessa natureza aconteçam, pois aí se impede que seja feita uma obra em condições inadequadas, como esta”, acrescenta o engenheiro.
A Coelba não tem os dados concretos, mas a assessoria do órgão informa que é muito grande a demanda de solicitação de retirada de postes, embora a execução dos serviços seja bem menor. A concessionária justifica que quando a relocação do equipamento visa atender a interesses privados, o solicitante recebe o orçamento com os custos dos serviços, conforme prevê a Resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Coelba cobrou o valor de R$ 5 mil para deslocar o poste (Foto: Reprodução/Google Street View)