Secretaria da Indústria de Candeias pede bom senso no impasse sobre contratos com a CHESF

Por Redação
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Leonardo Dias Santos Industria Comércio Candeias

O titular da Secretaria da Indústria e Comércio de Candeias, Leonardo Dias, demonstrou preocupação e apoiou o movimento para renovação de contrato de suprimento de energia à indústria baiana, mas ressalvou que deve existir bom senso por parte dos interlocutores, tanto da parte do governo, bem como das empresas envolvidas como Braskem, Dow Química, Ferbasa, Gerdau, Mineração Caraíba, Paranapanema e Vale.

Para o secretário, é inegável a importância das empresas para a economia baiana e nordestina, no entanto, a sensibilidade não deve ser apenas da parte do governo, já que é fato comprovado de que os preços estão muito defasados.  “Mais do que renovação dos contratos, deve haver uma solução mais permanente, até mesmo para que as empresas possam ter mais tranquilidade para tomar decisões futuras de investimentos. É evidente que os atuais contratos, cujos preços são subsidiados, ao longo de todos esses anos, vêm influenciando positivamente o resultado operacional dessas empresas, na medida em que reduzem significativamente os custos de produção, já que a redução de custos com energia, que respondem, em média, por cerca de 40% da produção, vem tornando-as mais competitivas, porém elas estavam cientes de que um dia esses contratos seriam finalizados.  São empresas muito importantes da nossa Indústria, que geram milhares de empregos diretos e indiretos, e, portanto, os subsídios, deverão ser relativizados, reajustados, em um novo contrato, com novas bases, mas não poderão acabar, como defendem alguns”, afirmou Leonardo Dias.

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Atualmente, na média, somente a tarifa de energia (sem encargos e outros custos) as empresas pagam R$ 110 o Megawatt-hora (MWh) e esse valor poderá chegar a R$ 300 o MWh, comprometendo a produtividade do setor.  O contrato com a CHESF foi firmado há mais de 30 anos, com tarifas mais baratas em relação às de outras empresas do chamado grupo eletrointensivo (grande peso da energia no custo de produção). Soma um bloco de mais de 700 MW e foi renovado algumas vezes, a última vez, em 2010. A energia elétrica representa cerca de 40% dos custos de produção das companhias.  Na aprovação da Medida Provisória nº 579 do setor elétrico, transformada em lei em 2013, o acordo com a Chesf foi preservado e não atingido pelas novas regras.

Leonardo Dias afirmou, ainda, que a Prefeitura de Candeias encabeça a luta pelo desenvolvimento da região.   “A cidade de Candeias, que tem a vocação industrial, é quarto maior PIB da Bahia, cidade estratégica para economia baiana, abriga também a maior planta de produção da Dow Química, no Brasil, uma empresa muito importante. O complexo industrial da Dow, na cidade, presente há mais de 40 anos, é algo que nos orgulha e a gestão municipal fará todos os esforços necessários para garantir a continuidade do desenvolvimento econômico da região”, disse.

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