A menina foi morta no bairro Catiara, durante uma perseguição policial.
O tiro que matou uma menina em Amargosa partiu da arma do policial Carlos Raimundo de Jesus Cardoso, segundo laudo divulgado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (20). O investigador já foi indiciado por homicídio qualificado e o inquérito foi remetido à Justiça de Amargosa hoje pela corregedora chefe, delegada Heloísa Brito.
A menina foi morta no bairro Catiara, durante uma perseguição policial. Em depoimento, Carlos negou ter entrado na casa em que a criança foi atingida.
O inquérito de 116 páginas conclui que o tiro partiu realmente da arma de Carlos.”As oitivas de testemunhas do episódio não comprovam a tese de legítima defesa, apresentada pelo investigador, em seu depoimento”, diz a corregedora Heloísa.
Ainda foi sugerido pela Corregedoria que Carlos seja suspenso da atividade policial preventivamente. Depois do caso em Amargosa, ele foi transferido para a 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Santo Amaro).
Drogas
Segundo a Polícia Civil, Carlos foi fazer uma abordagem a um criminoso de prenome Ricardo, quando foi alvejado e revidou. Na perseguição, acabou entrando na casa de nº 23, onde estava Vitória.
A família, porém, afirma que não houve troca de tiros e diz que a situação ganhou essa dimensão por conta de um suposto descontrole do policial, motivado por uso de drogas.
Ao contrário da voz unânime na cidade que aponta Carlos como um policial violento, Damasceno traça um outro perfil do vereador. “Ele é um excelente policial, com três elogios oficiais. Não há nada que a gente saiba que indique desvio de conduta”. Damasceno afirma desconhecer que Carlos seja usuário de drogas, mas pediu um exame toxicológico para identificar o uso de entorpecentes no dia da “fatalidade”, como descreve o ocorrido.
Correio24