Ele estava internado há uma semana por causa de problemas respiratórios, no Hospital Ouro Negro, que pertence ao Município, e é administrado através de um convênio com um Instituto de saúde Aracaju, um contrato de quase R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais por ano).
No início da semana foi registrado na Central de Regulação do Estado para ser transferido para uma unidade que oferecesse melhores condições de tratamento, mas não deu tempo.
Waldir Ramos da Silva, que tinha 38 anos, era residente no bairro do Sarandi, um dos mais abandonados pela administração municipal de Candeias, não resistiu e morreu na madrugada de hoje. O sepultamento aconteceu esta tarde no Cemitério Jardim da Saudade.
A família e os amigos estão indignados com a falta de estrutura da cidade.
No ano passado, o Vereador Fernando Calmon, da base do prefeito Sargento Francisco fez o apelo ao chefe do executivo na compra de uma UTI Móvel, que até agora não foi providenciada.
Com a regulação, há uma questão. Se a Direção do Ouro Negro pediu UTI Móvel, seria obrigação de o Estado providenciar o equipamento. Caso contrário, seria obrigação do Município transferir o paciente até o Hospital de Santo Antônio de Jesus, onde surgiu nas últimas horas uma vaga na UTI, o que não foi feito.
Candeias arrecada R$ 24.000.000,00 (vinte e quatro milhões de reais por mês), ou seja, R$ 800.000,00 (oitocentos reais por dia), é o terceiro maior PIB da Bahia e a 6ª arrecadação estadual, mas não pode comprar uma UTI Móvel para atender as necessidades dos moradores de baixa renda da cidade. O custo de uma UTI Móvel é em torno de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais), pouco mais de meio dia da receita da Cidade das Luzes.