Hacker roubou fotos de cem famosas além de Jennifer Lawrence

Por Redação
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Jennifer Lawrence, Kirsten Dunst, Selena Gomez e mais estrelas tiveram iCloud invadido. Porta-voz de Lawrence anunciou processo para quem divulgar.

“Domingo negro das celebridades” é como já ficou conhecido este dia 31 para famosas internacionais como Jennifer LawrenceKirsten Dunst, Ariana Grande, Selena Gomez e uma lista que não para de crescer a cada minuto, que tiveram fotos íntimas suas divulgadas na rede. Hackers conseguiram acessar o iCloud dessas famosas, sistema operacional da Apple onde ficam salvos os arquivos contidos no celular, como fotos, vídeos e músicas, e divulgaram as fotos. O ato é ilegal e passível de punição. No Brasil, caso semelhante aconteceu com a atriz Carolina Dieckmann em 2011, e motivou a criação da lei homônima, que prevê prisão de três meses a um ano e a pagar multa por acessar e divulgar dados sigilosos sem autorização. Ao contrário do que se pensa, fazer esse tipo de foto não é crime. Divulgar é.

Jennifer Lawrence parece ser a maior vítima até agora. Segundo o Buzzfeed, há mais de 60 vídeos e fotos íntimos da ganhadora do Oscar circulando pela rede. Os porta-vozes da atriz disseram ao site TMZ que “Esta é uma flagrante violação da privacidade. As autoridades foram contatadas e a atriz vai processar qualquer pessoa que publique as fotos roubadas de Jennifer Lawrence”. A atriz norte-americana de 24 anos é estrela da franquia “Jogos vorazes” e ganhou o Oscar em 2013 pelo filme “O lado bom da vida”. Ela permanceu a tarde como assunto mais citado no Twitter.

Mary Elizabeth Winstead (Foto: Reprodução/Reprodução)
Mary Elizabeth Winstead  em uma das fotos que vazou (Foto: Reprodução/Reprodução)
De acordo com o site “Daily dot”, o vazamento das imagens se iniciou por um usuário do site 4chan que “ofereceu” as fotos em troca de bitcoins, uma espécie de moeda digital. Em pouco tempo, as fotos foram divulgadas pro sites como o Reddit.

Victoria Justice, a ex-estrela teen que também apareceria nos cliques íntimos, negou que seja ela retratada. “Esses nus são falsos  Deixe-me cortar o mal pela raiz agora”, escreveu ela no Twitter. Mary Elizabeth Winstead, que também faz parte do vazamento, confirmou que as fotos dela eram reais, escrevendo: “Sabendo que essas fotos foram apagadas há muito tempo, eu só posso imaginar o esforço assustador que fizeram para achar isso. Sinto muito por todas que foram hackeadas. Para vocês que estão olhando as fotos que tirei com meus marido anos atrás na privacidade de nossa casa, espero que se sintam bem sobre si mesmos”.

Outras famosas ainda correm o risco de verem sua intimidade revelada, segundo o “Buzzfeed”. É o caso de Kim Kardashian, Rihanna, Mary-Kate Olsen e Avril Lavigne.

Nick Minaj (Foto: Reprodução/Reprodução)
Nick Minaj (Foto: Reprodução/Reprodução)

Divulgar foto é crime

Outras famosass já tiveram fotos íntimas vazadas na internet nos últimos anos.Scarlett Johannson, Alison Pill e a brasileira Carolina Dieckmann também passaram por casos semelhantes.

O homem acusado de ter roubado fotos de Scarlett Johansson, Mila Kunis e Christina Aguilera em 2011, após ter hackeado suas contas de e-mail, foi condenado a dez anos de prisão pela justiça do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos, em dezembro de 2012.

Em março de 2012, Christopher Chaney, de 36 anos, foi considerado culpado de nove acusações criminais, incluindo roubo de identidade, escutas telefônicas, acesso não autorizado e danos a um computador protegido. Ele condenado a pagar uma indenização de US$ 76 mil a Johansson, Aguilera e à atriz Renee Olstead.

No Brasil, o caso mais famoso aconteceu com a atriz Carolina Dieckmann, que passou por episódio semelhante em 2011. O caso da atriz motivou a criação da Lei Carolina Dieckmann. Aprovada no Congresso no fim de 2012 e em vigor desde abril de 2013 a lei tipifica crimes virtuais. Com a nova lei, a pessoa que invadir computadores ou dispositivos móveis, como smartphones ou tablets, com a intenção de acessar dados sigilosos sem autorização ou disseminar vírus poderá ser condenada a cumprir prisão de três meses a um ano e a pagar multa pelos delitos informáticos. A punição pode ser ampliada se houve prejuízo econômico para as vítimas.

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